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Policiais que participaram da gravação com um youtuber norte-americano foram afastados

Embora tenha a gravação tenha sido autorizada pelo tenente responsável, corporação considerou ato irregular por não ter tido conhecimento prévio

Os agentes desempenharão funções administrativas ao longo de todo o processo de investigação interna da corporação, que investiga potenciais irregularidades após a divulgação, por Kimura, de um vídeo com imagens das ações nas redes sociais.

Cinco policiais militares foram removidos de suas funções devido ao envolvimento em operações policiais nas favelas da Zona Norte de São Paulo, que contaram com a participação do youtuber americano Gen Kimura. A Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo confirmou essa informação.

Os agentes cumprirão serviços administrativos durante todo o processo de investigação interna da corporação, que apura possíveis irregularidades após Kimura divulgar o vídeo com as imagens das ações nas redes sociais.

Kimura publicou um vídeo em seu canal no Youtube no início de junho com o título ’24 horas na vida de um policial no Brasil’. Na gravação, ele afirma ter obtido a permissão do tenente do 18º Batalhão da PM para acompanhar as ações e “mostrar a realidade do trabalho policial em uma das cidades mais perigosas do mundo”. O tenente consta entre os cinco agentes afastados.

Embora a gravação tenha sido autorizada por um tenente, a Polícia Militar considerou que o comando da corporação deveria te tido conhecimento prévio do documento e, por esse motivo, a gravação foi considerada irregular.

Youtuber aparece fardado

Até a noite de terça-feira, o vídeo já contava com mais de 1,6 milhão de visualizações. Em um trecho do vídeo, que tem quase 40 minutos, o youtuber é visto vestido com um uniforme dentro de uma viatura policial, ao lado de agentes, durante uma operação em uma favela. Kimura é visto manuseando uma arma.

Durante o percurso, alguns policiais falam em inglês com o influenciador sobre suas funções. Em um dos diálogos, um policial menciona que as mortes de criminosos são celebradas com “charutos e cerveja”.

Por Redação, com CartaCapital 

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