O Brasil prendeu a respiração quando os primeiros acordes de “End of Time”, de Beyoncé, começaram a tocar na Bercy Arena, palco da ginástica artística em Paris, na final do solo, no dia 5 de agosto. E só respirou novamente um minuto e meio depois, quando Rebeca Andrade terminou sua série de solo, numa apresentação belíssima com acrobacias incríveis, coreografia cheia de graça e chegadas praticamente cravadas. Esse sentimento de que o mundo parou ainda permaneceu por alguns minutos, até sair a nota: 14.166 e a quase certeza do ouro, que se confirmou pouco depois, quando a última ginasta se apresentou. Foi o sexto pódio olímpico da estrela mais brilhante do Olimpo brasileiro, que se isolou como maior medalhista do país.
Rebeca participou ativamente da escolha da música que embalou seu solo, que inclui ainda trechos de “Movimento da Sanfoninha”, de Anitta, e do “Baile de Favela” com o qual encantou o mundo em Tóquio 2020. Foi decisiva também na construção da coreografia com o coreógrafo Rhony Ferreira. E treinou exaustivamente cada acrobacia e salto ginástico em busca da perfeição. E foi perfeita.