Michelle Bowman, diretora do Federal Reserve, afirma que a inflação nos EUA, embora tenha mostrado progresso, ainda está “desconfortavelmente” acima da meta de 2%, destacando a necessidade de medidas contínuas para conter o aumento dos preços.
A diretora do Federal Reserve (FED), Michelle Bowman, afirmou que, apesar de algum progresso na redução da inflação nos Estados Unidos durante os meses de maio e junho, os níveis de preços ainda estão “desconfortavelmente” acima da meta estabelecida de 2% ao ano. A declaração foi feita durante uma reunião anual de CEOs e altos executivos promovida pela Associação de Banqueiros do Kansas.
Bowman destacou que, embora os índices de gastos com consumo pessoal tenham mostrado uma leve queda, com o índice cheio e o núcleo registrando 2,5% e 2,6% em junho, respectivamente, a inflação medida pelo índice de gastos com consumo (PCE) teve uma média de 3,4% no primeiro semestre de 2024.
A diretora adotou um tom firme, conhecido como “hawkish”, enfatizando que, mesmo com as melhorias recentes, os preços permanecem significativamente mais altos do que os níveis pré-pandemia. Ela também expressou ceticismo quanto à possibilidade de uma desaceleração da inflação similar à observada no segundo semestre de 2023, apontando que os gargalos nas cadeias de abastecimento, que anteriormente contribuíram para a inflação, já foram normalizados.
A taxa básica de juros dos EUA atualmente está entre 5,25% e 5,50% ao ano, e a próxima reunião do FED, onde a política monetária será discutida, está agendada para setembro. A expectativa do mercado é de que o FED inicie cortes de juros, com probabilidades divididas entre uma redução de 0,25 ponto percentual e 0,50 ponto percentual.
Fonte: Adaptação de notícia publicada pela CNN Brasil sobre a inflação nos EUA.