A juíza Maria de Fátima Lúcia Ramalho, da 64ª Zona da Justiça Eleitoral em João Pessoa, ganhou destaque recentemente ao determinar a prisão da primeira-dama da capital, Lauremília Lucena, na 3ª fase da operação Território Livre, que investiga o envolvimento do crime organizado nas eleições.
Sua trajetória na magistratura inclui momentos marcantes, como o afastamento de suas funções pelo Tribunal de Justiça da Paraíba em 2012, sob acusação de parcialidade e incompetência em um processo envolvendo o bloqueio de contas do Estado. Após mais de 150 dias afastada, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) concedeu liminar permitindo sua volta. Em 2015, ela foi condenada à aposentadoria compulsória, mas a pena foi revista pelo CNJ, que aplicou uma censura, entendendo que não havia desonestidade ou má conduta na atuação da juíza.
Maria de Fátima também recebeu a Medalha do Mérito Jurídico Tarcísio de Miranda Burity em 2022, por sua atuação no judiciário e seu trabalho no projeto pioneiro Conselho da Comunidade, que foca na ressocialização de apenados.
Nas redes sociais, a juíza não esconde sua admiração por figuras como o ministro do STF, Alexandre de Moraes, e o ex-juiz Sergio Moro, elogiando seus trabalhos em diversas ocasiões.