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Israel considera usar corpo de líder do Hamas como moeda de troca por reféns

Autoridades israelenses cogitam utilizar os restos mortais do líder do Hamas, Yahya Sinwar, morto em Gaza, como estratégia para negociar a libertação de reféns.


O corpo do líder do Hamas, Yahya Sinwar, que foi morto pelas forças israelenses em Gaza, está em posse de Israel em local não revelado, segundo informações da mídia local. Fontes israelenses informaram à CNN que os restos mortais de Sinwar podem ser usados como “moeda de troca” para a libertação de reféns que estão sob poder do Hamas em Gaza.

O governo de Israel tem como prioridade garantir a libertação desses reféns, capturados durante ataques realizados pelo Hamas, e estuda maneiras de aumentar a pressão sobre o grupo palestino. De acordo com uma fonte diplomática israelense, “se o Hamas quiser trocar os restos mortais por israelenses, vivos ou mortos, tudo bem”. As autoridades acreditam que o corpo de Sinwar poderia ser utilizado em uma possível negociação.

Atualmente, mais de 100 reféns sequestrados pelos militantes do Hamas permanecem cativos em Gaza. As discussões em Israel giram em torno de como utilizar os restos mortais do líder do Hamas para criar “pressão rapidamente” sobre o grupo, a fim de avançar com as negociações.

A morte de Sinwar representa uma “janela de oportunidade” para o retorno dos reféns, de acordo com comunicado emitido pelo gabinete do presidente israelense Isaac Herzog após uma reunião com o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. Além disso, Netanyahu, em declarações recentes, apelou aos militantes do Hamas para que entreguem os reféns e deparem as armas, prometendo que quem fizer isso “poderá sair e viver.”

Quem foi Yahya Sinwar?

Yahya Sinwar, nascido em 1962 em um campo de refugiados no sul de Gaza, foi um dos principais líderes do Hamas. Inicialmente responsável pelo braço militar do grupo, ele assumiu em 2017 uma posição de liderança política dentro do Hamas, tornando-se uma figura influente na organização. Designado como terrorista global pelos EUA desde 2015, Sinwar também foi sancionado pelo Reino Unido e pela França.

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Seu envolvimento com o Hamas, um grupo que não reconhece a existência de Israel e que reivindica o território como parte da Palestina, fez dele uma figura central nas tensões entre Israel e Gaza. As forças israelenses acusam Sinwar de ter planejado ataques terroristas, incluindo os de outubro do ano passado, que resultaram na morte de 1.200 pessoas.

O Conflito em Gaza

Israel tem realizado intensas operações militares em Gaza desde a invasão do Hamas ao território israelense. O grupo mantém dezenas de reféns e continua a se opor à existência de Israel. Em resposta, as forças israelenses têm intensificado bombardeios aéreos e realizado incursões terrestres no território palestino.

O conflito, que já dura mais de um ano, causou o deslocamento de grande parte da população de Gaza, além de uma crise humanitária alertada por organizações internacionais, como a ONU. Netanyahu prometeu destruir as capacidades militares do Hamas e libertar os reféns detidos em Gaza.


Redação com informações da CNN Brasil

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