As toalhas, usadas diariamente para enxugar o corpo, podem parecer limpas, mas frequentemente acumulam uma variedade de micróbios, incluindo bactérias e fungos. Estudos mostram que as fibras felpudas são um ambiente ideal para o crescimento desses organismos, que vêm tanto da pele humana quanto do ambiente, da água usada na lavagem e até do ar.
Riscos invisíveis
Mesmo depois do banho, o corpo ainda carrega microrganismos que são transferidos para as toalhas. Além disso, práticas comuns, como deixar a toalha secando no banheiro, expõem o tecido a bactérias liberadas no ar ao dar descarga ou lavar as mãos. Com o tempo, esses micróbios formam biofilmes que alteram a aparência e textura do tecido.
Algumas bactérias encontradas em toalhas, como Escherichia coli e Staphylococcus, geralmente são inofensivas, mas podem causar problemas em pessoas com imunidade comprometida ou se entrarem em contato com feridas. Toalhas de rosto e panos de prato são particularmente preocupantes devido à possibilidade de disseminar patógenos, como Salmonella e vírus como o mpox.
Higiene e prevenção
Especialistas recomendam lavar as toalhas semanalmente, preferencialmente em água quente (40-60°C), para minimizar a carga microbiana. Em casos de doenças na família, a frequência deve ser aumentada. Práticas adicionais, como uso de desinfetantes e secagem ao sol, são eficazes para combater bactérias e fungos.
Embora a lavagem frequente em altas temperaturas impacte o meio ambiente, alternativas, como detergentes enzimáticos e alvejantes, ajudam a reduzir os riscos. Segundo a professora Elizabeth Scott, a higiene doméstica é uma forma de prevenção essencial para evitar infecções e diminuir o uso de antibióticos.
Assim como o modelo “queijo suíço” — onde cada medida de higiene cobre um ponto fraco —, manter as toalhas limpas é uma forma simples e eficaz de reduzir a transmissão de patógenos.
Conclusão
Embora possam parecer inofensivas, as toalhas são um meio de transporte para micróbios. Adotar práticas regulares de higiene é essencial para proteger a saúde individual e coletiva.
Fonte: texto baseado em artigo escrito por Grace Tyrrell, da BBC Future