McDonald’s altera programa de bolsas para latinos após ação judicial, eliminando critérios de elegibilidade baseados em etnia.
Em um acordo para encerrar uma ação judicial, a McDonald’s Corp. anunciou que revisará seu programa de bolsas de estudo destinado a estudantes latinos e hispânicos, eliminando quaisquer critérios de elegibilidade baseados na raça ou etnia dos candidatos. A decisão veio após uma ação movida pela American Alliance for Equal Rights, grupo fundado por Edward Blum, conhecido por sua oposição à ação afirmativa.
A ação foi retirada na sexta-feira após McDonald’s concordar em alterar o HACER National Scholarships Program, que desde 1985 concedeu mais de $33 milhões em bolsas para mais de 17.000 estudantes, com até 30 bolsistas recebendo até $100.000 anualmente.
O contexto político atual, com o presidente republicano Donald Trump demonstrando oposição a medidas de diversidade, equidade e inclusão, tem influenciado tais decisões empresariais. Blum alegou que o programa de bolsas discriminava ilegalmente outros grupos étnicos ao restringir a elegibilidade a estudantes com pelo menos um dos pais de origem hispânica ou latina.
McDonald’s, em sua declaração, mencionou que, embora discordasse da ação, concluiu que resolver o processo judicial e evoluir o programa era a decisão correta. A empresa agora exigirá que os candidatos demonstrem impacto e contribuição à comunidade hispânica e latina através de suas atividades e liderança, ao invés de critérios parentais.
Edward Blum comentou que “é uma vergonha que, ao longo de muitos anos, milhares de estudantes foram excluídos deste programa porque não eram da etnia preferida.”
Este movimento de McDonald’s segue uma tendência de empresas recuando em práticas de diversidade em resposta a pressões de ativistas conservadores, especialmente após uma decisão de 2023 da Suprema Corte dos EUA que proibiu a consideração de raça nos processos de admissão universitária.
Texto adaptado de [Reuters] e revisado pela nossa redação.
