Secretário de Estado tenta minimizar declarações de Trump sobre Gaza

Marco Rubio afirma que proposta era para reconstrução, mas plano gera controvérsias

O Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, tentou justificar os recentes comentários do ex-presidente Donald Trump sobre Gaza, argumentando que sua intenção não era assumir o controle da região, mas oferecer ajuda para a reconstrução. Rubio abordou o tema durante uma coletiva de imprensa na Guatemala, onde se encontra em visita oficial ao lado do presidente guatemalteco Bernardo Arévalo.

Explicação de Rubio contrasta com declarações anteriores de Trump

Segundo Rubio, Trump teria sugerido que os Estados Unidos poderiam “assumir a responsabilidade pela reconstrução” da Faixa de Gaza, removendo escombros e munições não detonadas, permitindo que a área fosse restaurada antes do retorno dos moradores. No entanto, essa versão contrasta com a declaração do ex-presidente na última terça-feira (4), quando ele afirmou: “Espero que possamos fazer algo onde a população não queira voltar — quem é que gostaria de voltar?”

O Secretário de Estado enfatizou que a proposta não era uma medida hostil e que os detalhes do plano precisariam ser discutidos com aliados internacionais. “Foi uma oferta generosa de reconstrução, considerando que, neste momento, muitas áreas de Gaza não são habitáveis devido aos destroços e munições não explodidas”, justificou Rubio.

Críticas e preocupações sobre deslocamento da população

Apesar da tentativa de esclarecimento, Rubio não detalhou se os palestinos poderiam retornar à região após a reconstrução. Essa lacuna gerou críticas tanto dentro dos Estados Unidos quanto no cenário internacional, com opositores do plano alegando que ele poderia resultar em um deslocamento forçado da população, algo que muitos classificam como limpeza étnica.

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A proposta de Trump e sua justificativa por Rubio ocorrem em um momento de tensões crescentes sobre o futuro de Gaza, levantando preocupações sobre a soberania palestina e a possível influência dos EUA na região.

Fontes: Coletiva de imprensa de Marco Rubio, declarações de Donald Trump

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