Economia

Empresa processa fornecedora de painéis solares alegando ineficiência na economia de energia

Empresa processa fornecedora de painéis solares alegando ineficiência na economia de energia

Justiça determina perícia técnica para verificar funcionamento do sistema fotovoltaico instalado em estabelecimentos comerciais

A Brothers Administração e Empreendimentos Imobiliários Ltda. entrou com uma ação judicial contra a ISL Importação e Exportação Indústria e Comércio Ltda. (Ilumisol), alegando que os painéis solares instalados não atingiram a economia de energia prometida. O caso, que tramita na Justiça de Londrina (PR), envolve um contrato firmado em março de 2020, no qual a empresa contratante esperava redução de até 80% na conta de luz, mas a economia real teria ficado abaixo de 25%.

A Brothers afirma ainda que o número de placas instaladas foi inferior ao previsto no contrato, o que teria prejudicado a eficiência do sistema. Como indenização, a empresa pede a devolução de R$ 519.176,89 por danos materiais e R$ 30.000,00 por danos morais, além do valor original do contrato, elevando o montante total da causa para R$ 2.499.176,89.

Perícia Técnica e Defesa da Ilumisol

Diante das alegações, a Justiça determinou uma perícia técnica para avaliar se a instalação atendeu às especificações contratuais e identificar possíveis falhas. A análise incluirá:

  • Vistoria dos equipamentos no local;
  • Comparação entre a capacidade contratada e a geração real de energia;
  • Investigação de fatores externos que possam ter afetado o desempenho do sistema.

A Ilumisol, por sua vez, sustenta que a queda na eficiência dos painéis solares não é resultado de defeitos no sistema, mas sim de fatores externos, como:

  • Sombreamento causado por um supermercado construído após a instalação dos painéis;
  • Acúmulo de sujeira nos módulos solares, devido à proximidade dos estabelecimentos com uma rodovia federal, exigindo limpeza frequente;
  • Falta de acionamento da garantia dentro do prazo estipulado no contrato para ajustes no sistema.

A empresa também questionou o valor dos honorários periciais, fixados em R$ 20.280,00, solicitando redução para R$ 8.500,00.

Impacto e Próximos Passos

A Justiça já rejeitou a tentativa da Ilumisol de se eximir da responsabilidade pelo contrato, alegando que a instalação foi realizada por uma franqueada. A decisão reforça que a franqueadora responde pelos serviços prestados sob sua marca.

Agora, a perícia será essencial para determinar se houve falhas no sistema ou se a baixa economia foi causada por fatores externos. O resultado poderá criar um precedente jurídico para contratos de energia solar no Brasil, impactando tanto fornecedores quanto consumidores empresariais.

Redação do Movimento PB com informações de CGN

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