sexta-feira, junho 6, 2025

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Saúde

IA do Google desvenda em 48 horas mistério de superbactérias que desafiou cientistas por uma década

IA do Google resolve em 48h mistério de superbactérias que levou 10 anos, confirmando hipóteses e sugerindo novas ideias.

Uma ferramenta de inteligência artificial do Google, batizada de “co-scientist”, resolveu em apenas dois dias um enigma que pesquisadores do Imperial College London levaram dez anos para decifrar. O sistema confirmou a teoria dos cientistas sobre como certas superbactérias desenvolvem resistência a antibióticos e ainda apresentou quatro hipóteses adicionais, incluindo uma ideia inédita que a equipe agora estuda com atenção.

O grupo liderado pelo professor José R. Penadés passou uma década investigando por que algumas bactérias se tornam imunes aos tratamentos. Para testar a capacidade do co-scientist, forneceram à IA uma descrição simples do problema. Em 48 horas, a ferramenta replicou a conclusão dos pesquisadores: as superbactérias utilizam uma estrutura parecida com uma cauda, que funciona como uma “chave mestra”, permitindo sua transmissão entre diferentes espécies. Surpreso com a rapidez, Penadés chegou a suspeitar que a IA tivesse acessado dados sigilosos ou informações online, mas o Google assegurou que o sistema operou sem consultar arquivos privados, já que o estudo ainda não fora publicado.

Além de validar a hipótese principal, o co-scientist sugeriu outras quatro explicações plausíveis. Uma delas, nunca considerada pelos cientistas, está sendo investigada e pode abrir novas perspectivas no combate à resistência bacteriana. O impacto do resultado foi tão marcante que Penadés comparou a experiência a “jogar uma partida da Liga dos Campeões” com o apoio da tecnologia, destacando seu potencial transformador para a ciência.

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Desenvolvido com base no modelo Gemini 2.0, o co-scientist foi projetado para atuar como um parceiro virtual em pesquisas científicas e biomédicas. A ferramenta acelera a formulação de hipóteses e propõe caminhos de investigação, e instituições interessadas podem se inscrever no programa de testes do Google para utilizá-la. Embora o avanço gere debates sobre o futuro da profissão de pesquisador, Penadés defende que a colaboração com a IA traz benefícios claros, superando possíveis temores.

A descoberta ocorre em um momento significativo para a pesquisa em IA aplicada à biologia. Em paralelo, foi lançado o Evo 2, o maior modelo de inteligência artificial voltado ao estudo biológico até hoje. Criado por um consórcio formado por Berkeley, Stanford, Arc Institute, UCSF e NVIDIA, o Evo 2 foi treinado com 9,3 trilhões de nucleotídeos de 128 mil genomas completos, prometendo avanços na previsão de mutações genéticas e no entendimento de doenças complexas.

O sucesso do co-scientist evidencia o papel crescente da inteligência artificial como aliada na ciência. Ao encurtar drasticamente o tempo necessário para desvendar problemas complexos e propor novas linhas de pesquisa, a tecnologia demonstra capacidade de revolucionar a forma como a humanidade enfrenta desafios científicos, como o da resistência aos antibióticos.

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