China supera EUA em número de universidades nos rankings globais

País asiático tem 346 instituições listadas contra 319 americanas, com 98% das universidades chinesas melhorando posições

China lidera pela primeira vez em número de instituições ranqueadas

A China superou os Estados Unidos pela primeira vez no número de universidades listadas nos rankings globais Global 2000. As instituições chinesas agora representam 17% da lista, subindo de 324 no ano passado para 346 este ano, enquanto o número de universidades americanas ranqueadas caiu de 329 para 319. O ranking foi divulgado na segunda-feira pelo Centro de Rankings Universitários Mundiais.

Universidades chinesas mostram melhoria consistente nas posições

Segundo o ranking, 98% das universidades chinesas melhoraram suas posições, um avanço atribuído ao desempenho aprimorado em pesquisa e investimento governamental sustentado no ensino superior. A Universidade Tsinghua subiu seis posições para o 37º lugar, destacando-se em empregabilidade e pesquisa. A Universidade de Pequim avançou três posições para a 44ª colocação.

Investimento governamental impulsiona competitividade acadêmica chinesa

Nadim Mahassen, presidente do Centro de Rankings Universitários Mundiais, afirmou que a China está bem representada entre as principais universidades do mundo. Segundo ele, o apoio financeiro adicional do governo permitirá ao país ser mais competitivo no cenário acadêmico global em rápida evolução, contrastando com cortes no financiamento federal americano.

Políticas de visto americanas afetam cenário educacional global

Embora os EUA ainda tenham oito das dez melhores universidades do mundo – lideradas por Harvard, MIT e Stanford – 83% de suas instituições listadas declinaram no ranking. Especialistas apontam que políticas recentes de visto americanas, como tentativas de revogar matrículas de estudantes internacionais, estão criando incertezas para estudantes chineses.

Mudança pode reconfigurar domínio histórico americano no ensino superior

Chen Zhiwen, membro da Sociedade Chinesa de Estratégia de Desenvolvimento Educacional, observou que desde 2018 a proporção de graduados da Tsinghua buscando estudos no exterior mostra tendência declinante. Essa mudança pode gerar um sistema de ensino superior mais multipolar, reduzindo o domínio histórico americano e beneficiando universidades chinesas no longo prazo.

Com informações de China Daily, Centro de Rankings Universitários Mundiais