Idosa morre após contrair ameba comedora de cérebro em lavagem nasal
Mulher de 71 anos desenvolveu infecção fatal quatro dias após usar água da torneira para irrigação nasal no Texas
Infecção fatal se desenvolve após irrigação nasal
Uma mulher de 71 anos morreu no Texas, Estados Unidos, vítima de infecção por Naegleria Fowleri, conhecida como ameba comedora de cérebro. A idosa desenvolveu meningoencefalite amebiana primária (MAP) e faleceu oito dias após o surgimento dos primeiros sintomas, conforme relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças americano (CDC).
A infecção teve início quatro dias após ela fazer irrigação nasal com água da torneira de um trailer no acampamento onde estava hospedada, também no Texas.
Estado já havia emitido alerta sobre contaminação
Em 2020, autoridades do Texas emitiram alerta sobre a presença da ameba após a morte de um menino de seis anos que morava próximo a um lago contaminado. O caso atual reforça os riscos associados ao uso inadequado de água não tratada para procedimentos nasais.
A Naegleria Fowleri é normalmente encontrada em águas doces e quentes, incluindo lagos, rios, fontes termais e piscinas mal conservadas.
Sintomas neurológicos graves levaram ao diagnóstico
A paciente apresentou sintomas neurológicos severos, incluindo febre, dor de cabeça intensa, estado mental alterado e convulsões. Exames laboratoriais confirmaram a presença da Naegleria Fowleri, responsável pela infecção cerebral fatal.
Os primeiros sintomas da MAP incluem fortes dores de cabeça, febre, náuseas e vômitos. Em seguida, o paciente desenvolve rigidez na nuca, convulsões, alteração do estado mental e alucinações, podendo entrar em coma.
CDC recomenda uso exclusivo de água esterilizada
O Centro de Controle e Prevenção de Doenças recomenda que lavagens nasais sejam realizadas apenas com água destilada ou esterilizada. Caso seja necessário usar água da torneira ou filtrada, é preciso fervê-la por pelo menos um minuto e resfriá-la posteriormente.
A orientação visa prevenir a entrada da ameba através das cavidades nasais, única forma de contaminação que leva à infecção cerebral fatal.
Doença apresenta taxa de mortalidade quase absoluta
A meningoencefalite amebiana primária é quase sempre mortal. Segundo dados do CDC, dos 164 casos registrados entre 1962 e 2023, apenas quatro pacientes sobreviveram à infecção. A alta letalidade torna a prevenção fundamental para evitar novos casos.
A ameba ataca diretamente o tecido cerebral, causando destruição rápida e irreversível do sistema nervoso central, o que explica a denominação popular de “comedora de cérebro”.
Com informações de CDC, People