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Mounjaro é aprovado no Brasil: Novo aliado contra obesidade supera Ozempic

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o Mounjaro, da Eli Lilly, para o tratamento de obesidade no Brasil. Já usado contra diabetes tipo 2 desde 2023, o medicamento, com princípio ativo tirzepatida, agora é indicado para adultos com índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 (obesidade) ou a partir de 27 (sobrepeso) com comorbidades como hipertensão ou pré-diabetes. Com resultados promissores, ele se destaca como concorrente do Ozempic.

Como funciona o Mounjaro?

A tirzepatida age imitando dois hormônios intestinais, GLP-1 e GIP, que regulam saciedade e glicemia. Diferente do Ozempic, que atua apenas no GLP-1, o Mounjaro é um duplo agonista, potencializando a perda de peso e o controle do açúcar no sangue. Estudos mostram que ele reduz até 20,2% do peso corporal após 72 semanas, contra 13,7% do Ozempic, além de diminuir a gordura visceral.

Para entender de forma simples

Imagine que seu corpo tem um “botão” para controlar fome e açúcar no sangue. O Mounjaro aperta esse botão com mais força que o Ozempic, usando dois hormônios ao invés de um. Isso faz você sentir menos fome, comer menos e perder peso mais rápido, desde que combine com dieta e exercício.

Impacto no tratamento da obesidade

A obesidade, que afeta mais de 20% dos brasileiros, segundo o IBGE, é uma doença crônica com mais de 200 complicações. “Muitas vezes vista como escolha de estilo de vida, ela exige tratamentos eficazes”, diz Luiz Magno, da Eli Lilly. O Mounjaro oferece uma alternativa para quem não responde a dieta e exercício, com resultados próximos à cirurgia bariátrica.

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Como usar e quanto custa?

O medicamento é aplicado semanalmente via caneta injetável, com doses de 2,5 mg e 5 mg disponíveis. O preço varia de R$ 1.406,75 a R$ 2.384,34 por caixa com quatro doses, dependendo do estado e descontos. A prescrição médica é obrigatória, e efeitos colaterais como náuseas podem ocorrer.

Um novo marco na saúde

A aprovação do Mounjaro amplia as opções para tratar obesidade no Brasil, onde a demanda por soluções eficazes cresce. Com maior potência que o Ozempic, ele promete mudar a abordagem à doença, desde que usado com acompanhamento médico e mudanças no estilo de vida.

Com informações de Termômetro da Política, CNN Brasil e Eli Lilly.