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Trump desafia federalismo com intervenção da Guarda Nacional em Los Angeles

Trump federaliza Guarda Nacional em Los Angeles, ignorando governador da Califórnia. Ação contra protestos anti-imigração gera tensões. (141 caracteres)

O presidente Donald Trump anunciou a federalização de 2 mil soldados da Guarda Nacional da Califórnia para intervir em Los Angeles, em resposta a protestos contra operações de deportação em massa. A decisão, tomada no domingo (8), ignora objeções do governador Gavin Newsom e escalou tensões com autoridades locais. A Casa Branca defende a medida como necessária para restaurar a ordem, enquanto críticos a chamam de ataque ao federalismo.

Contexto da intervenção

Os protestos em Los Angeles começaram após o início de uma operação de deportação descrita como a maior da história dos EUA. Manifestantes, muitos exibindo bandeiras mexicanas, entraram em confronto com agentes do ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas). Trump, apoiado pelo secretário de Defesa Pete Hegseth, justificou a ação como resposta à “obstrução violenta” e colocou fuzileiros navais em alerta, uma medida rara em solo americano.

Impacto no federalismo

A federalização da Guarda Nacional, sob a autoridade do Título 10, desafia a autonomia estadual, já que governadores normalmente controlam essas forças. Newsom classificou a medida como “inflamável”, enquanto Trump declarou vitória antes mesmo da mobilização total. A ação reflete a estratégia do presidente de priorizar temas como lei e ordem, que mobilizam sua base eleitoral.

Reações e críticas

Autoridades locais, incluindo a prefeita Karen Bass, temem que a intervenção piore a tensão social. Líderes comunitários acusam Trump de usar a crise para polarizar o país, enquanto seus apoiadores celebram a postura linha-dura contra imigração ilegal. Analistas apontam que a medida pode fortalecer Trump entre eleitores preocupados com segurança, mas alienar moderados.

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Perspectivas para o futuro

A intervenção levanta questões sobre o equilíbrio de poder nos EUA. A Casa Branca aposta que ações enérgicas consolidarão apoio político, mas o risco de escalada de conflitos é alto. A decisão também reacende debates sobre o uso de forças federais em contextos domésticos, com possíveis implicações para outras cidades que resistem às políticas de imigração de Trump.

Com informações de O Antagonista, BBC News Brasil e Terra.