Internacional

Israel e Irã trocam ataques intensos enquanto Israel busca destruir programa nuclear de Teerã

Israel lançou sua maior ofensiva contra o Irã na madrugada de sexta-feira, 13 de junho de 2025, visando instalações nucleares, fábricas de mísseis balísticos e comandantes militares, com o objetivo de impedir Teerã de desenvolver armas nucleares. Em resposta, o Irã disparou centenas de mísseis balísticos contra Israel, atingindo Tel Aviv e Jerusalém, onde sirenes de ataque aéreo ecoaram, segundo a Reuters. Explosões foram relatadas em Teerã, e o conflito, que escalou para um confronto aberto, ameaça desencadear uma guerra regional mais ampla.

Detalhes dos ataques

Israel enviou 200 aviões de guerra em uma operação que incluiu comandos do Mossad infiltrados no Irã, destruindo sistemas de defesa aérea e bases de mísseis com drones explosivos e armas de precisão, conforme fontes israelenses. O ataque matou pelo menos 20 comandantes iranianos, incluindo Hossein Salami, chefe da Guarda Revolucionária, e seis cientistas nucleares, como Abbasi, ex-chefe da Organização de Energia Atômica do Irã. A instalação nuclear de Natanz teve sua planta de enriquecimento de urânio acima do solo destruída, segundo Rafael Grossi, da AIEA, mas danos em Fordow e Isfahan ainda estão sendo avaliados.

O Irã lançou três ondas de ataques, com mísseis atingindo o Aeroporto de Mehrabad, em Teerã, e alvos em Tel Aviv, onde um edifício foi danificado e uma pessoa morreu. Em Ramat Gan, um bloco de apartamentos foi destruído. A defesa aérea israelense interceptou muitos projéteis, mas 34 pessoas ficaram feridas, a maioria com lesões leves. O Irã nega que seu programa nuclear tenha fins militares, enquanto Israel e potências ocidentais acusam Teerã de enriquecer urânio a níveis adequados para uma bomba.

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Contexto e diplomacia

O ataque ocorreu após meses de tensões, com Israel pressionando contra o programa nuclear iraniano, declarado em violação do Tratado de Não Proliferação pela AIEA em 12 de junho. Negociações entre EUA e Irã, mediadas por Omã, estavam marcadas para domingo, 15 de junho, mas Trump, que sabia dos planos de Israel, disse à Reuters que as conversas podem não ocorrer. Ele tentou evitar o ataque, mas insistiu que o Irã não pode ter armas nucleares, oferecendo um prazo de 60 dias para um acordo, que expirou sem sucesso.

O Irã rejeitou a proposta americana, exigindo o fim das sanções impostas desde 2018 e o reconhecimento de seu direito ao enriquecimento de urânio para fins civis. Um alto oficial iraniano afirmou que um “país amigo” alertou Teerã sobre o ataque, e o aiatolá Ali Khamenei acusou Israel de iniciar uma guerra, prometendo uma “resposta dolorosa”.

Reações internacionais

  • EUA: Trump negou envolvimento direto, mas forças americanas ajudaram a abater mísseis iranianos. Ele expressou frustração com a alta do petróleo devido ao conflito.
  • Rússia: Vladimir Putin condenou Israel e pediu diplomacia, em conversas com Netanyahu e o presidente iraniano Masoud Pezeshkian.
  • Arábia Saudita: Após alertar o Irã em abril para aceitar um acordo com Trump, Riade busca evitar uma escalada regional.
  • Japão e Jordânia: O Japão condenou o ataque de Israel, e a Jordânia fechou seu espaço aéreo.
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Impactos e riscos

O ataque de Israel, descrito como “cirúrgico” por alguns no X, como @MsMelChen, não deve eliminar o programa nuclear iraniano, mas pode atrasá-lo por meses ou anos, segundo especialistas. A operação, planejada há anos, reflete a enfraquecida posição regional do Irã após perdas de aliados como Hezbollah e Hamas. No entanto, críticos, como @RichardHannay17, alertam que os ataques podem provocar uma grande retaliação iraniana e questionam as motivações de Netanyahu.

O conflito forçou o fechamento do espaço aéreo no Irã, Iraque, Jordânia e Israel, com companhias aéreas como Lufthansa e Emirates cancelando voos. O preço do petróleo subiu, mas a Opep não planeja ajustar a oferta. A AIEA confirmou que a usina de Bushehr não foi atingida e não detectou aumento de radiação em Natanz.

Perspectivas futuras

O ataque marca o ápice da “guerra nas sombras” entre Israel e Irã, com risco de escalada para um confronto regional. A fragilidade da diplomacia, com negociações em risco, e a retaliação prometida pelo Irã aumentam a instabilidade. A operação de Israel pode pressionar Teerã a negociar, mas também pode levar a uma corrida armamentista nuclear, como alertou Grossi. O desfecho dependerá da resposta iraniana e da capacidade dos EUA e aliados de conter o conflito, enquanto o mundo observa o potencial impacto nas cadeias globais de suprimento e na economia.

Redação com informações de Reuters, The Economic Times, Wall Street Journal

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