Brasil Busca Diversificar Parcerias Comerciais para Crescimento
Especialistas defendem que o Brasil diversifique parcerias comerciais para reduzir dependência de poucos mercados e impulsionar economia.
Contexto da Diversificação Comercial
Especialistas em comércio exterior, reunidos em um seminário em São Paulo em maio de 2025, destacaram a necessidade de o Brasil ampliar suas parcerias comerciais. O país depende fortemente de mercados como China, Estados Unidos e União Europeia, que representam cerca de 50% das exportações brasileiras, segundo o Ministério da Economia. A diversificação é vista como estratégia para reduzir vulnerabilidades econômicas e aproveitar oportunidades em mercados emergentes.
Diagnóstico do Comércio Brasileiro
O Brasil exportou US$ 300 bilhões em 2024, com a China absorvendo 27% do total, principalmente commodities como soja e minério de ferro, conforme dados da Secretaria de Comércio Exterior. A concentração em poucos parceiros torna o país suscetível a oscilações globais, como a recente alta de 5% no petróleo devido a conflitos no Oriente Médio. Especialistas apontam que países como Índia, México e nações africanas, como Nigéria, oferecem potencial para novos acordos comerciais.
Benefícios da Diversificação
Ampliar parcerias comerciais pode fortalecer a economia brasileira, gerando empregos e aumentando a competitividade. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), diversificar mercados poderia elevar as exportações em 10% até 2030. Regiões como o Nordeste, que exporta frutas e pescados, poderiam se beneficiar de acordos com países asiáticos. Além disso, parcerias com economias menores reduziriam o impacto de barreiras comerciais impostas por grandes blocos econômicos.
Desafios e Barreiras
A diversificação enfrenta obstáculos como custos logísticos e falta de acordos bilaterais. O Brasil tem apenas 14 acordos de livre-comércio, contra 50 do México, segundo a CNI. Especialistas também destacam a necessidade de investir em infraestrutura portuária e em promoção comercial no exterior. A burocracia interna e a limitada capacitação de pequenas empresas para exportar são entraves, especialmente no Norte e Centro-Oeste, onde o potencial exportador é subaproveitado.
Perspectivas Futuras
O governo brasileiro planeja intensificar negociações com países como Vietnã, Indonésia e África do Sul, visando acordos comerciais até 2027. A entrada no mercado asiático de manufaturados, como calçados e máquinas, é uma meta, segundo o Itamaraty. Para especialistas, o Brasil deve apostar em inovação e sustentabilidade para atrair parceiros. A regulamentação de créditos de carbono, em debate no Congresso, pode posicionar o país como líder em comércio verde, atraindo investimentos.
Redação do Movimento PB com informações de Agência Brasil, CNI, G1