Cirurgia Robótica Transcontinental: Médico nos EUA Opera Paciente na África
Médico da Flórida realiza a primeira cirurgia robótica transcontinental em paciente com câncer na Angola, a 11 mil km. Um marco para a saúde global.
Um Marco na Medicina Global
Em 14 de junho de 2025, o Dr. Vipul Patel, do Global Robotics Institute em Orlando, Flórida, realizou a primeira cirurgia robótica transcontinental aprovada pela FDA. A prostatectomia, que remove parte ou todo o órgão, foi feita em Fernando da Silva, 67 anos, em Luanda, Angola, a 11 mil km de distância, marcando um avanço na telescirurgia.
Como Funcionou a Cirurgia?
Usando um robô cirúrgico de milhões de dólares, Patel controlou braços robóticos com precisão a partir de uma console com imagens 3D de alta definição. A conexão por cabos de fibra óptica garantiu latência de apenas 6 milissegundos, essencial para a segurança. Uma equipe local em Angola estava pronta para intervir em caso de falhas, mas a cirurgia foi um sucesso.
Para Entender de Forma Simples
Imagine um videogame onde o jogador está nos EUA, mas o personagem se move em tempo real na África. Na telescirurgia, o médico usa um robô como “avatar” para operar, vendo tudo em 3D e com controles precisos, como se estivesse ao lado do paciente. Isso permite tratar pessoas em lugares remotos.
Desafios e Preparação
Foram dois anos de testes globais para escolher a tecnologia ideal, com planos de contingência rigorosos. “Tínhamos plano A, B, C e D. Minha equipe estava com o paciente para garantir segurança”, disse Patel. A cirurgia de Da Silva, diagnosticado com câncer de próstata em março, abriu portas para tratamentos em áreas com poucos especialistas.
Impacto na Saúde Global
O câncer de próstata é prevalente na África, onde faltam monitoramento e tratamentos. A telescirurgia pode levar expertise médica a regiões remotas, reduzindo viagens e custos. Patel planeja enviar os dados à FDA para expandir o uso da tecnologia, que promete menos invasividade e recuperação mais rápida.
Por Que Isso Importa?
A cirurgia, exibida pela ABC News, é um “grande salto para a saúde”, segundo Patel. Além de salvar vidas, a tecnologia pode transformar o acesso à medicina em zonas de guerra, áreas rurais ou países em desenvolvimento, conectando médicos e pacientes como nunca antes.
Fontes: Com informações de ABC News, AdventHealth e KFF Health News.
