Líder do Irã promete punir Israel após ataque dos EUA
Aiatolá Khamenei condena Israel como “inimigo sionista” e promete retaliação após ataques dos EUA.
Pronunciamento de Khamenei
Em 22 de junho de 2025, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, falou pela primeira vez após os ataques dos EUA a instalações nucleares iranianas, sem citar diretamente os americanos. Em postagem no X, ele acusou o “inimigo sionista” de cometer “um grande erro” e prometeu que Israel “deve ser punido e está sendo punido”, acompanhando a mensagem com a imagem de um crânio com a estrela de Davi sobre prédios em chamas.
Contexto dos ataques
Na madrugada de 21 de junho, os EUA bombardearam três instalações nucleares iranianas — Fordow, Natanz e Isfahan —, marcando uma escalada no conflito com Israel. O presidente Donald Trump celebrou a ação como um “sucesso militar” nas redes sociais. Horas após a fala de Khamenei, o Parlamento iraniano aprovou o fechamento do Estreito de Ormuz, rota vital para 20% do petróleo mundial, pendente de confirmação pelo Conselho Supremo de Segurança Nacional e pelo próprio Khamenei.
Resposta iraniana
Autoridades iranianas, como o embaixador na ONU, Amir Saeid Iravani, afirmaram que o Irã reserva o direito de autodefesa contra a “agressão” dos EUA e Israel. A Guarda Revolucionária e o Exército prometeram uma “resposta decisiva”, enquanto a mídia estatal declarou cidadãos e militares americanos na região como alvos legítimos. O Irã já lançou mísseis contra Israel, com alguns atingindo Tel Aviv.
Impactos globais
O possível bloqueio do Estreito de Ormuz pode disparar os preços do petróleo, afetando economias como a brasileira, que depende de importações de combustíveis. O conflito também intensifica tensões regionais, com China e Rússia condenando os ataques, enquanto líderes europeus, como Ursula von der Leyen, defendem a diplomacia, mas reconhecem o direito de Israel à defesa.
Perspectivas de escalada
A retórica agressiva de Trump, que sugeriu uma “mudança de regime” no Irã, e a resposta iraniana indicam um risco de guerra prolongada. Especialistas alertam que a decisão de Trump pode definir o futuro do Oriente Médio, enquanto o Brasil, via Itamaraty, condena os ataques e pede diálogo para evitar uma crise global.
Com informações de: NSC Total, Terra, BBC News Brasil.