Cyber Segurança

Ataque cibernético causa instabilidade no portal Gov.br e sites públicos

Na tarde de 24 de junho de 2025, diversos portais do governo federal, sobretudo o Gov.br, ficaram instáveis após um suposto ataque cibernético. Usuários relataram lentidão e dificuldades de acesso a serviços essenciais como INSS, Conecte SUS, e-CAC, carteira de trabalho digital, além de órgãos como Polícia Federal e Anatel.

Quem reivindicou e qual foi o método

A autoria foi atribuída ao hacker ou grupo que se autodenomina “Azael”, que declarou ter realizado o ataque no início da tarde de terça-feira. Embora não tenha detalhado o método, especialistas sugerem um ataque de negação de serviço distribuído (DDoS), no qual um alto volume de tráfego malicioso sobrecarrega os servidores, causando indisponibilidade.

Impactos imediatos para a população

As falhas afetaram diretamente milhares de brasileiros que dependem dos serviços digitais para consultas médicas, benefícios do INSS, declarações fiscais e emissão de documentos. Ferramentas como o Downdetector registraram um aumento expressivo de queixas nas primeiras horas do incidente.

Resposta do governo e investigações

Equipes de segurança do Serpro, Dataprev e da Rede Nacional de Governo Digital foram mobilizadas para restaurar os sistemas o mais rápido possível, mas ainda não há confirmação oficial sobre a causa do problema. Até o momento, o Gabinete de Segurança Institucional e a Polícia Federal não emitiram posicionamento público.

Cenário maior de riscos digitais

O incidente reforça um cenário preocupante: com a digitalização crescente de serviços públicos, os órgãos federais são cada vez mais visados por ataques cibernéticos. Em 2023, a Controladoria-Geral da União registrou cerca de 13 mil notificações sobre incidentes de segurança em órgãos públicos — um alerta para a urgência de reforçar a ciberdefesa no setor público.

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O que os usuários devem fazer

Enquanto o sistema segue instável, recomenda-se aguardar a normalização, evitar acessos repetitivos que possam agravar o desempenho, acompanhar as redes oficiais dos órgãos afetados e, se houver prazos legais, registrar falhas — por exemplo, com prints ou protocolos — para justificar eventuais atrasos em serviços como INSS ou Receita Federal.

Conclusão

O episódio expõe a vulnerabilidade das plataformas digitais governamentais e a necessidade de investimentos robustos em segurança cibernética. Com milhões de brasileiros dependentes desses serviços, garantir a estabilidade e proteção das plataformas é questão de soberania e confiança pública.

Adaptado de PrivacyTech, Contábeis e TecMundo

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