Internacional

EUA em alerta máximo por ameaça de ‘células adormecidas’ do Irã

A nova fase da retaliação iraniana

A tensão entre os Estados Unidos e o Irã atingiu um novo e perigoso patamar. Agências de inteligência americanas emitiram um alerta de segurança nacional sobre a possibilidade de o Irã ativar “células adormecidas” em solo americano e em outros países ocidentais como parte de sua retaliação pelos recentes ataques às suas instalações nucleares. A ameaça, que antes era considerada teórica, agora é tratada como uma possibilidade real e iminente pelo FBI e pelo Departamento de Segurança Interna.

O alerta, divulgado pelo jornal The New York Times, indica uma mudança na estratégia iraniana. Em vez de um confronto militar direto, que Teerã dificilmente venceria, o país poderia optar por uma “guerra assimétrica”, utilizando agentes secretos para realizar ataques direcionados contra alvos americanos e de seus aliados ao redor do mundo.

O que são as ‘células adormecidas’?

Uma “célula adormecida” é um termo de inteligência para descrever um grupo de agentes secretos que vivem de forma secreta e inativa em um país estrangeiro por um longo período. Eles se integram à sociedade, mantendo empregos e vidas aparentemente normais, aguardando ordens para agir. As principais características desses grupos são:

  • Invisibilidade: Eles evitam qualquer atividade suspeita para não atrair a atenção das autoridades locais.
  • Independência: Cada célula opera de forma isolada, de modo que a captura de uma não comprometa as outras.
  • Paciência Estratégica: Podem permanecer inativos por anos ou até décadas, esperando o momento geopolítico ideal para serem ativados.

A resposta das autoridades americanas

Em resposta à ameaça, o governo dos EUA elevou o nível de alerta de segurança em todo o país. O FBI está intensificando a vigilância sobre indivíduos suspeitos de terem ligações com o regime iraniano e com a Guarda Revolucionária do Irã. A segurança foi reforçada em prédios do governo, bases militares e embaixadas americanas ao redor do mundo.

Autoridades americanas afirmaram, sob condição de anonimato, que a principal preocupação é com ataques contra ex-funcionários do governo que estiveram envolvidos em políticas de pressão contra o Irã, além de alvos israelenses em território americano. A cooperação com agências de inteligência de países aliados, especialmente na Europa e no Oriente Médio, foi intensificada para rastrear possíveis movimentações de agentes iranianos.

Um novo capítulo na guerra nas sombras

A ameaça de ativação de células adormecidas marca uma escalada significativa na “guerra nas sombras” que os EUA e o Irã travam há anos. Se concretizada, a estratégia iraniana levaria o conflito para dentro das fronteiras dos países ocidentais, com consequências imprevisíveis para a segurança global.

O alerta das agências de inteligência coloca os Estados Unidos e seus aliados diante de um desafio complexo: como se defender de um inimigo que pode estar escondido à vista de todos? A resposta a essa pergunta definirá o próximo e perigoso capítulo das tensões entre Washington e Teerã.

Redação com informações de The New York Times

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