Internacional

Trump e Xi podem se encontrar durante a cúpula APEC na Coreia do Sul

Encontro sinalizaria momento de tensão e pragmatismo entre EUA e China

Fontes ouvidas por veículos asiáticos indicam que Donald Trump poderá se reunir com Xi Jinping durante ou antes da cúpula da APEC, marcada entre 30 de outubro e 1º de novembro em Gyeongju, Coreia do Sul, uma oportunidade rara em meio a tensões comerciais e sanções tecnológicas.

As negociações em andamento, que envolvem redução de tarifas e controle de exportação de tecnologia, já levaram ao convite formal de Xi a Trump e à contrapartida quase imediata por parte do ex-presidente americano, segundo relatos recentes.

Contexto e motivações diplomáticas

No início de julho, o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, se reuniram pela primeira vez cara a cara para preparar o terreno a esse possível encontro entre os dois líderes — demonstrando “forte desejo de ambas as partes”.

O planejamento estratégico da China vê o encontro como forma de estabilizar relações frágeis, pressionar os EUA a aliviar barreiras tecnológicas e obter garantias sobre a posição norte-americana em relação a Taiwan, avaliam analistas.

Desafios e cenários possíveis

Embora Xi já tenha confirmado presença em Gyeongju, a participação de Trump ainda não foi oficialmente declarada. As fontes sugerem que a reunião poderá ocorrer antes do evento em solo chinês ou nos bastidores da cúpula.

Há vantagens diplomáticas claras para cada lado: a China visualiza a oportunidade como instrumento de estabilidade e mensagem de unidade; os EUA, em contrapartida, poderiam firmar compromissos comerciais e tecnológicos sem ceder o protagonismo.

Impactos globais e próximos passos

Um eventual encontro entre Trump e Xi durante a APEC teria impacto simbólico e prático: ajudaria a aliviar a tensão da guerra tarifária, influenciaria cadeias globais de suprimentos e daria impulso às negociações sobre semicondutores e matérias-primas críticas, como terras raras.

O timing estratégico sugere que esse movimento seria testado por Trump antes de sua possível visita oficial à China — evitando, assim, uma viagem simbólica sem resultados tangíveis.

Traduzido e adaptado de reportagens do South China Morning Post, Reuters e The Star (Malásia)

[CPT-OAI-200725-1311-4oM]

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