Cooperação China e Estados Unidos é “única escolha certa”, diz Premier Li em simpósio empresarial
A China e a Europa devem cultivar uma relação econômica “saudável”, marcada por competição e cooperação. Essa foi a mensagem central do Premier chinês Li Qiang a líderes e empresários da União Europeia (UE) na quinta-feira, durante um simpósio empresarial realizado paralelamente à Cúpula UE-China em Pequim.
Li Qiang instou ambos os lados a encontrar novas bases para a colaboração, destacando que a cooperação é a “única escolha certa” para China e UE, considerando os 50 anos de relações diplomáticas. “China e UE podem alavancar ainda mais suas forças econômicas complementares, focando em áreas como comércio de serviços, inovação tecnológica, economia verde e cooperação com terceiros, para cultivar mais novos motores de crescimento para a colaboração”, afirmou Li, segundo a agência Xinhua.
O Premier chinês enfatizou que, em um cenário de crescente protecionismo e unilateralismo, a união entre China e Europa na defesa do livre comércio e do multilateralismo, aprofundando a colaboração econômica e comercial, pode servir como uma âncora de estabilização para a globalização econômica e a estabilidade das cadeias industriais e de suprimentos globais.
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UE aborda “ponto de inflexão” e excesso de capacidade industrial
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que também participou do simpósio com cerca de 60 representantes de câmaras de comércio e empresas, reforçou a importância das relações bilaterais, mas reiterou a preocupação da UE com o “excesso de capacidade industrial” da China. Von der Leyen afirmou que os laços comerciais entre a UE e a China atingiram um “ponto de inflexão”, sublinhando a necessidade de reequilibrar a relação.
A líder europeia tem sido uma das vozes mais críticas em relação às políticas comerciais chinesas, acusando Pequim de “inundar os mercados globais com excesso de capacidade subsidiada” para não apenas impulsionar suas próprias indústrias, mas também “sufocar a concorrência internacional”. O déficit comercial da UE com a China, que atingiu mais de 300 bilhões de euros em 2024, é uma das principais preocupações de Bruxelas.
Apesar das tensões comerciais e das acusações de sobrecapacidade industrial, ambos os lados expressaram interesse em manter os canais de comunicação abertos e em fortalecer a cooperação em áreas como a transição energética, adaptação climática, gestão de emissões de metano e tecnologias verdes. A cúpula celebra 50 anos de relações diplomáticas entre a UE e a China, um período de crescente interdependência, mas também de desafios complexos no equilíbrio de interesses econômicos e geopolíticos.
Redação do Movimento PB GME-GOO-25072025-0632-25F
Da redação com informações do South China Morning Post