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Cientista Brasileira Revoluciona a Tecnologia com ‘Material Invisível’ Supercondutor

Uma inovação com potencial para estar em quase todos os dispositivos que usamos no futuro, de celulares a equipamentos médicos, foi desenvolvida por uma cientista brasileira. Luíza Aguiar do Nascimento, que atualmente realiza seu doutorado na Austrália, sintetizou um novo material condutor de eletricidade que é totalmente transparente, mais fino, mais durável e mais fácil de produzir do que qualquer alternativa atual.

A Descoberta que Contesta o Conhecimento Atual

Até hoje, o conhecimento científico ditava que, para criar polímeros condutores, era preciso adicionar substâncias como o ácido hialurônico (o mesmo usado em cosméticos) a uma complexa mistura. Luíza, no entanto, descobriu um atalho genial e muito mais eficiente: basta colocar o próprio ácido hialurônico diretamente sobre uma superfície metálica, como o ouro, para criar uma película condutora superior em todos os aspectos.

A técnica de fabricação (em cima) é mais simples do que a usada hoje (embaixo), e o material tem vantagens de espessura e funcionalidade.
[Imagem: Luiza A. Nascimento et al. – 10.1021/acsami.5c06970]

O resultado surpreendeu a própria equipe de pesquisa. “Ficamos muito animados ao descobrir que não apenas os polímeros se formaram quando os fixamos diretamente ao ouro, mas que esses polímeros são mais finos, mais fortemente condutores e quase infalíveis de reproduzir,” celebrou a cientista brasileira, formada em engenharia química pela Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

PEDOT 2D: As Vantagens do Novo Material

O novo material, batizado de PEDOT 2D, supera as limitações que impediram os polímeros condutores de atingirem seu pleno potencial nos últimos 50 anos. O método de fabricação, chamado de “modelagem de dopante ancorado”, cria um polímero que é flexível, durável, pode conduzir eletricidade tão bem quanto metais e é facilmente reproduzível, o que o torna ideal para a produção em larga escala.

Além de ser mais simples e barato de fabricar, o processo permite um controle total sobre as propriedades do material, como seu formato e aparência. O resultado é uma película condutora invisível a olho nu e muito mais poderosa que materiais similares, abrindo um leque de possibilidades para a próxima geração de tecnologias.

O Impacto no Futuro dos Dispositivos Inteligentes

As aplicações para o PEDOT 2D são vastas. Polímeros condutores são a base de telas sensíveis ao toque, biossensores e até dispositivos médicos que regulam a administração de medicamentos. A inovação de Luíza promete não apenas uma redução significativa nos custos de fabricação, mas também grandes melhorias na funcionalidade e usabilidade desses aparelhos.

A descoberta coloca uma cientista brasileira na vanguarda da ciência dos materiais, demonstrando como a pesquisa fundamental pode levar a avanços tecnológicos que impactam diretamente a vida de todos. O “material invisível” criado por ela tem tudo para se tornar uma parte visível e essencial do nosso futuro digital.

Da redação com informações do Site Inovação Tecnológica

Redação do Movimento PB [GME-GOO-09082025-0959-15P]

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