Saúde

Botox: Novas tarifas podem encarecer procedimentos estéticos e preenchimentos

O aumento de impostos sobre produtos importados, como seringas e outros suprimentos médicos, gera incertezas sobre os preços de cirurgias plásticas e tratamentos estéticos

A discussão sobre a taxação de produtos importados está gerando incertezas em diversos setores, e a área de procedimentos estéticos e cirurgias plásticas não é exceção. Novos impostos sobre produtos e suprimentos que vêm do exterior podem ter um impacto significativo nos custos para pacientes que buscam tratamentos como Botox, preenchimentos dérmicos, implantes mamários e até mesmo suprimentos cirúrgicos. Especialistas da área, no entanto, ainda não sabem precisar qual será o impacto real dos novos tributos.

O cenário, segundo cirurgiões plásticos entrevistados, é de incerteza. Embora ainda não haja um aumento direto nos preços, a possibilidade de as novas tarifas afetarem a cadeia de suprimentos já está no radar dos profissionais. O aumento de custos dos últimos anos, impulsionado pela inflação pós-pandemia, já afetou o setor, mas o que preocupa agora são as tarifas que podem incidir sobre produtos específicos. O Botox, por exemplo, é fabricado na Irlanda, enquanto outros neuromoduladores vêm da Coreia do Sul. Já muitos preenchimentos dérmicos são de origem estrangeira e, portanto, podem ser diretamente afetados por novas taxas de importação.

Para quem não é da área, podemos simplificar alguns termos técnicos. As tarifas são impostos cobrados sobre produtos importados, podendo aumentar o custo final para o consumidor. Já os neuromoduladores, como o Botox, são medicamentos injetáveis que relaxam os músculos para suavizar rugas. Os preenchimentos dérmicos, geralmente à base de ácido hialurônico, são usados para restaurar volume facial. Por fim, os implantes mamários são próteses, sendo a maioria delas produzida nos EUA, o que as isentaria de tarifas, mas algumas são fabricadas em países como a Costa Rica, que poderiam ser afetados.

Apesar da ameaça das tarifas, alguns cirurgiões plásticos acreditam que podem absorver parte desses custos adicionais para não repassá-los integralmente aos pacientes. A prioridade, segundo os profissionais, é manter os procedimentos acessíveis e seguros. Contudo, é possível que os consumidores percebam aumentos “leves” nos preços, especialmente em tratamentos não cirúrgicos que dependem de materiais importados. Diante do cenário de incerteza, alguns médicos estão se antecipando, comprando equipamentos mais caros antes de uma possível alta de preços, uma estratégia para proteger o negócio e tentar manter os custos estáveis para os pacientes. A principal recomendação dos especialistas é sempre priorizar a segurança, escolhendo profissionais qualificados e certificados, e não se deixar levar apenas pelo preço mais baixo, que pode ser um sinal de uso de produtos de baixa qualidade ou falta de treinamento adequado.

Traduzido e adaptado de HuffPost

Redação do Movimento PB GME-GOO-13082025-A2B4C1-25F

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