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Coelhos “Frankenstein” com chifres e tentáculos assustam moradores do Colorado

Fenômeno incomum é causado por um vírus que provoca tumores na cabeça dos animais, mas que não oferece riscos para humanos ou outros pets

Moradores do norte do Colorado, nos Estados Unidos, estão relatando avistamentos de coelhos com uma aparência assustadora: criaturas com tumores escuros que se assemelham a chifres e tentáculos na face. Os animais, apelidados de “coelhos Frankenstein”, estão gerando curiosidade e apreensão na região. A causa do fenômeno, no entanto, é um velho conhecido das autoridades locais: um vírus que tende a surgir em estados como Colorado, Dakota do Sul, Minnesota e Texas durante o verão.

O responsável pela aparência bizarra dos coelhos é o papilomavírus de Shope (SPV), um vírus que causa verrugas e crescimentos cerosos na face dos animais. A infecção se espalha através de picadas de insetos como pulgas e carrapatos, e é mais comum em coelhos-de-algodão, especialmente no verão, quando há uma maior concentração de coelhos e atividade de insetos. Kara Van Hoose, porta-voz da Colorado Parks and Wildlife (CPW), explicou que, apesar do número de relatos, provavelmente não há tantos casos, e muitas pessoas podem estar vendo o mesmo grupo de coelhos infectados.

Apesar da aparência grotesca, o vírus é, em sua maioria, benigno para os coelhos e não causa dor aos animais. A CPW reforça que não há risco de transmissão para humanos ou outros animais de estimação. No entanto, o órgão de proteção à vida selvagem recomenda que as pessoas e seus pets evitem interagir com os coelhos infectados. O vírus se torna prejudicial apenas se os crescimentos faciais se tornarem tão grandes que impeçam o coelho de se alimentar ou beber, o que é uma ocorrência rara. A recomendação da CPW é não sacrificar os animais, pois eles costumam se manter saudáveis, mesmo com os tumores.

O caso do “coelho Frankenstein” é um exemplo da complexidade da vida selvagem. Enquanto o fenômeno pode parecer alarmante, a ciência por trás do SPV mostra que se trata de uma condição natural e, em geral, inofensiva para o animal e para o ecossistema local. Julie Lindstrom, da Polícia de Controle Animal de Sioux Falls, reforçou que a intervenção humana não é necessária para coelhos com a doença, a menos que o animal esteja com dificuldades evidentes de se mover, o que indicaria que os tumores estão afetando sua capacidade de se alimentar. A recomendação, caso se encontre um animal morto, é usar luvas para o descarte, garantindo a higiene e a segurança.

Traduzido e adaptado de Yahoo News

Redação do Movimento PB GME-GOO-14082025-A3C8F9-25F

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