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Padilha minimiza sanções dos EUA: “Não tenho intenção de ir para a Disney”

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reagiu com ironia ao cancelamento de vistos de sua esposa e filha pelo governo norte-americano, afirmando em coletiva nesta terça-feira que não possui interesse em visitar parques temáticos. As sanções, anunciadas na quinta-feira (15/08), atingiram também ex-funcionários da Opas envolvidos no programa Mais Médicos.


“O maior impacto na minha família é um irmão que tenho lá, cidadão americano”, revelou Padilha, explicando que seu pai se exilou nos EUA durante a ditadura militar.


Contexto das sanções

O governo norte-americano justificou as medidas como retaliação ao programa Mais Médicos, iniciativa criada durante o governo Dilma Rousseff que levou profissionais cubanos para regiões carentes do Brasil. Além dos familiares de Padilha, as sanções atingiram:

  • Mozart Julio Tabosa Sales, secretário de Atenção Especializada à Saúde
  • Alberto Kleiman, ex-assessor de Relações Internacionais do ministério
  • Ex-funcionários da Opas que implementaram o programa

Implicações diplomáticas

Padilha destacou que poderá participar da conferência da Opas em outubro, sediada nos EUA, lembrando que o país anfitrião tem obrigação de garantir acesso a autoridades convidadas de organismos da ONU. O ministro não possui visto americano desde 2024 e afirmou que ainda não decidiu sobre sua participação no evento.

Repercussão política

O episódio ocorre em meio a tensões diplomáticas entre Brasil e EUA regarding programas de cooperação em saúde. Analistas interpretam as sanções como mensagem política sobre a gestão de trabalhadores estrangeiros em programas sociais brasileiros, particularmente envolvendo profissionais cubanos.

Impacto familiar e histórico

O ministro revelou aspectos pessoais da conexão familiar com os EUA: “Tenho uma sobrinha que é da mesma idade da minha filha, convivem direto. Então, esse era o único motivo pelo qual elas tinham visto”. A declaração humaniza o conflito diplomático, destacando how decisões políticas afetam relações familiares transnacionais.

O caso ilustra a complexidade das relações internacionais contemporâneas, onde medidas geopolíticas atingem esferas pessoais e profissionais simultaneamente. A postura ironica de Padilha busca desarmar a gravidade das sanções, enquanto o governo brasileiro avalia respostas apropriadas para garantir a continuidade de programas de saúde pública sem interferência externa.

Da redação com informações de UOL [GPT-OAI-19082025-1430-4OT]

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