Objeto Interstelar 3I/ATLAS Intriga Cientistas com Pulsação Rítmica e Aproximação da Terra

O misterioso objeto interestelar 3I/ATLAS está a poucas semanas de sua maior aproximação da Terra, prometendo uma oportunidade sem precedentes para astrônomos de todo o mundo. Espera-se que o corpo celeste passe a cerca de 170 milhões de milhas do nosso planeta em 19 de dezembro, e as observações já revelam um padrão intrigante: uma pulsação rítmica de luz, apelidada de “batimento cardíaco” cósmico.
As descobertas mais recentes, destacadas pelo renomado astrônomo de Harvard Avi Loeb em uma de suas publicações, baseiam-se em observações intrigantes de telescópios terrestres. Um artigo publicado em outubro na revista Astronomy & Astrophysics, por uma equipe de pesquisadores europeus e africanos, detalhou a detecção de uma pulsação de luz que se repete a cada 16,16 horas. Embora essa descoberta adicione uma nova camada ao debate sobre a natureza do objeto, especialmente para aqueles que, como Loeb, especulam sobre uma possível origem extraterrestre, a explicação mais aceita pela comunidade científica é consideravelmente mais prosaica.
A Hipótese do Cometa Giratório
A teoria predominante sugere que o 3I/ATLAS é, na verdade, um cometa giratório. Sua pulsação seria um efeito de “farol interestelar” causado por sua rotação. Os pesquisadores do estudo original afirmam que o 3I/ATLAS exibe características típicas de cometas do Sistema Solar exterior com atividade fraca, apesar de sua origem interestelar. O monitoramento contínuo em seu periélio (ponto mais próximo do Sol) é crucial para rastrear mudanças em sua atividade e cor, fornecendo informações valiosas sobre a evolução de materiais interestelares sob a radiação solar.
Se a rotação for a causa, o “anti-rabo” do 3I/ATLAS – uma corrente de material menos afetada pela pressão da radiação solar – poderia estar direcionando um fluxo de partículas para sua coma, a atmosfera difusa de gelo e poeira que envolve seu núcleo. Loeb explica que, no contexto de um cometa natural, esse fenômeno pode surgir quando uma grande bolsa de gelo em um lado do núcleo é exposta ao Sol. Conforme o cometa gira, a coma seria “bombeada” periodicamente, criando o efeito de “batimento cardíaco” com jatos de gás e poeira.
Entre a Natureza e a Tecnologia: A Visão de Avi Loeb
Apesar da maioria dos cientistas tender a considerar o 3I/ATLAS um cometa natural, Avi Loeb mantém a esperança de que os jatos do objeto possam ter uma natureza tecnológica. Ele argumenta que, para um objeto tecnológico, a direção do jato pulsante poderia ser arbitrária e não necessariamente apontar para o Sol, o que diferenciaria significativamente de um cometa natural.
Independentemente da origem, compreender como essas pulsações mudam ao longo do tempo é fundamental. A rotação do objeto pode ter alterado desde que atingiu seu periélio no final de outubro. Loeb salienta a necessidade de um estudo sistemático de múltiplas imagens da coma ao longo de vários dias. Um “filme” detalhando o brilho periódico dos jatos do 3I/ATLAS poderia, segundo ele, revelar se os jatos são de fato naturais ou se indicam uma origem tecnológica, baseando-se na orientação do padrão de pulsação em relação ao Sol.
A aproximação do 3I/ATLAS representa uma janela de oportunidade única para desvendar um dos grandes mistérios cósmicos recentes, impulsionando a pesquisa e a especulação sobre o que mais pode estar viajando pelo vasto espaço interestelar.
Da redação do Movimento PB.
