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Educação do Futuro: Especialistas Defendem Uso Crítico da Tecnologia para Formação Humana

Educação do Futuro: Especialistas Defendem Uso Crítico da Tecnologia para Formação Humana
Educação do Futuro: Especialistas Defendem Uso Crítico da Tecnologia para Formação Humana

Em um cenário global onde a tecnologia se integra cada vez mais ao cotidiano, o desafio central para as instituições de ensino reside em capacitar estudantes para um uso consciente e propositivo das ferramentas digitais. Essa premissa foi o ponto de partida para um debate aprofundado no podcast “É Sobre Educação”, uma iniciativa do Estadão Blue Studio em colaboração com o Serviço Social da Indústria de São Paulo (Sesi-SP), que foi ao ar em 27 de novembro de 2025.

Humanizando o Digital: Uma Abordagem Transdisciplinar

O episódio reuniu Caio de Godoy Camargo, supervisor técnico educacional do Sesi-SP, e Daniela Machado, coordenadora de Educação do EducaMídia, do Instituto Palavra Aberta, para explorar a intersecção entre inovação, letramento digital e o imperativo humanizador da tecnologia na educação. Camargo destacou a prontidão do Sesi-SP em alinhar-se às diretrizes da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) da Computação, em vigor desde 2022. Segundo ele, a principal adaptação foi intensificar o caráter transdisciplinar, integrando o pensamento computacional em todas as áreas do conhecimento. A rede do Sesi-SP conta com uma vasta estrutura, incluindo 18 formadores de tecnologia e mais de 200 orientadores de educação digital distribuídos em 140 escolas.

Cidadania Digital: Crítica e Responsabilidade Desde Cedo

Daniela Machado enfatizou que o cerne da educação digital reside na formação de cidadãos críticos e éticos. Para ela, as escolas devem ir além do mero uso de ferramentas, provocando reflexões sobre seus mecanismos, as vozes que privilegiam e as que silenciam. “Educar também é proteger”, afirmou Machado, ressaltando que a formação para o uso responsável da tecnologia deve iniciar precocemente. A especialista defende que restrições ao uso de dispositivos não significam proibições, mas sim a preparação dos estudantes para uma utilização consciente, equilibrada e que potencialize seu desenvolvimento.

Tecnologia a Serviço do Protagonismo Estudantil

O Sesi-SP tem implementado diversas iniciativas que visam aproximar os alunos da tecnologia de forma crítica e criativa. Entre elas, destacam-se:

  • O projeto Influencers, que incentiva estudantes a liderar ações em cultura, esporte e tecnologia.
  • O Makerthon, uma competição que desafia jovens a solucionar problemas reais por meio da cultura maker e inteligência artificial.
  • A Jornada Steam, que valoriza práticas inovadoras nas escolas e culmina em publicações anuais.

Para Caio de Godoy Camargo, essas experiências demonstram que a tecnologia deve ser um meio para a formação humana, e não um fim em si mesma. “O objetivo sempre é o desenvolvimento do ser humano”, reiterou.

Ao encerrar o debate, Daniela Machado sintetizou a essência da discussão: “Inclusão digital vai além do simples acesso à internet. É saber o que fazer com esse acesso — utilizar as ferramentas de forma crítica, segura e transformadora.”

Da redação do Movimento PB.

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