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Cientista ‘engarrafa’ relâmpago com acelerador de partículas!

Cientista ‘engarrafa’ relâmpago com acelerador de partículas!
Cientista ‘engarrafa’ relâmpago com acelerador de partículas!

Relâmpagos engarrafados: Ficção vira realidade

Um YouTuber conhecido como Electron Impressions utilizou um acelerador de partículas para criar figuras tridimensionais de Lichtenberg dentro de minúsculos cilindros de acrílico de dois centímetros. O resultado? Padrões elétricos permanentes que simulam um relâmpago capturado dentro de um tubo transparente.

O experimento, que durou apenas dois segundos, transformou a metáfora do “relâmpago engarrafado” em realidade física. Elétrons de alta energia foram disparados em um material isolante cilíndrico, congelando os padrões elétricos ramificados que traçam o caminho da ruptura dielétrica interna.

Engenharia de precisão atômica

A técnica normalmente se limita a superfícies planas, mas a transição para o formato cilíndrico exigiu soluções de engenharia inéditas para garantir a simetria. O uso do acelerador linear foi crucial para a penetração dos elétrons no acrílico. A profundidade da carga dependeu da energia aplicada durante o bombardeio atômico.

Em vez de um feixe estático, o cilindro de acrílico girava a 150 rotações por minuto sob o feixe de elétrons. Essa rotação garantiu que a carga elétrica entrasse por todos os ângulos, criando uma distribuição radial uniforme dos elétrons em toda a estrutura do polímero.

Radiação extrema e gambiarra high-tech

O ambiente dentro da câmara do acelerador apresenta radiação extrema, o que exigiu um sistema rotativo construído com componentes simples e robustos. Um motor de corrente contínua com escovas, alimentado por uma bateria de chumbo-ácido de 12 volts (resistente à radiação), forneceu a tração necessária.

A estrutura do suporte foi fabricada com impressão 3D em plástico PETG preto, demonstrando confiabilidade sob altas doses de radiação. Roldanas mantiveram o cilindro de acrílico firme, garantindo uma rotação suave durante o processo.

Flagrando o brilho Cherenkov

Uma câmera GoPro protegida registrou o impacto dos elétrons no acrílico, revelando um brilho Cherenkov azul, típico da interação de partículas carregadas em materiais isolantes.

O primeiro cilindro foi descarregado manualmente, resultando em ramos elétricos detalhados e simétricos. Já a segunda unidade, que sofreu descarga precoce sob o feixe, apresentou estruturas internas mais caóticas.

A curvatura do cilindro amplifica visualmente as ramificações internas, transformando a percepção do fenômeno. O experimento materializa uma figura de linguagem através da física e engenharia.

Da redação do Movimento PB.

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