Benny Gantz, um importante político israelense e rival de Benjamin Netanyahu, recentemente deixou o gabinete de guerra de Israel. Em sua primeira entrevista desde então, Gantz afirmou que Israel possui informações sobre quantos reféns ainda estão vivos em Gaza, embora não tenha fornecido detalhes específicos aos jornalistas. Ele mencionou que o governo também tinha conhecimento da localização dos reféns da família Bibas, mas não revelou onde exatamente estavam.
Em relação ao incidente envolvendo a família Bibas, ocorrido em outubro de 2023, membros armados palestinos, liderados pelo Hamas, sequestraram vários reféns, incluindo um bebê de apenas 8 meses, Kfir Bibas, e sua mãe, Shiri. Posteriormente, em novembro de 2023, o Hamas afirmou que o bebê, seu irmão de 4 anos e a mãe foram mortos em um ataque aéreo israelense, embora Israel tenha prometido investigar essa alegação. Desde então, o paradeiro da família Bibas permanece desconhecido.
Gantz também comentou sobre sua saída do gabinete de guerra, explicando que inicialmente houve cooperação e unidade após o ataque de outubro, mas que divergências surgiram ao longo do tempo, especialmente relacionadas à tomada de decisões. Ele criticou a influência de figuras como o Ministro das Finanças Bezalel Smotrich nas decisões do governo, o que levou à sua decisão de deixar o cargo quando percebeu que não poderia mais influenciar o curso das ações.
Quanto ao futuro de Gaza, Gantz destacou que a administração não pode ser liderada nem pelo Hamas, nem por Israel. Ele sugeriu que Israel manterá um domínio militar sobre partes de Gaza, mas não pretende governar a região de forma direta.
A saída de Gantz do governo reflete tensões políticas internas em Israel, especialmente em um contexto onde ele é visto como um rival significativo de Netanyahu para futuras eleições. Suas declarações também indicam uma visão sobre os desafios enfrentados por Israel na região, enfatizando a necessidade de uma liderança renovada para lidar com os complexos problemas de segurança e políticos que envolvem Gaza e os territórios palestinos.
Fonte original: texto baseado em informações da CNN.
