Brasil e China assinam quase 30 acordos comerciais em Pequim

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o líder chinês Xi Jinping assinaram nesta terça-feira (13), em Pequim, quase 30 acordos que reforçam a parceria estratégica entre Brasil e China. A assinatura ocorreu durante a visita oficial de Lula ao país asiático, iniciada no sábado (10), e marca uma nova fase de aprofundamento das relações bilaterais.

“Os quase 30 atos comprovam o dinamismo que eu e o presidente Xi Jinping temos imprimido ao relacionamento bilateral”, declarou Lula, destacando que, apesar dos quase 15 mil quilômetros que separam os dois países, “nunca estivemos tão próximos”. O presidente brasileiro afirmou ainda que espera retribuir a acolhida durante a próxima cúpula dos Brics, marcada para julho, no Brasil.

Entre os principais acordos estão:

  • Acordo técnico sobre a Nova Rota da Seda (cinturão de rota);
  • Protocolo de monitoramento do Plano de Cooperação para Estabelecimento de Sinergias;
  • Memorandos de entendimento sobre cooperação em inteligência artificial e agricultura;
  • Carta de intenções para desenvolvimento na economia digital;
  • Plano de ação para cooperação em desenvolvimento sustentável;
  • Acordo sobre trocas de moedas locais;
  • Declaração sobre compartilhamento de dados espaciais;
  • Acordos sanitários e fitossanitários para exportações brasileiras;
  • Cooperação nas áreas de energia nuclear, etanol e sumidouros de carbono;
  • Protocolo de cooperação no setor postal.

Também foram assinados memorandos em áreas estratégicas como gestão de emergências, inteligência financeira, proteção de indicações geográficas e propriedade intelectual.

Leia Também:  ONU acusa EUA de enfraquecer acordo de desenvolvimento global

Segundo Lula, o Brics será um “espaço fundamental de coordenação do Sul Global para a construção de um mundo de ordem multipolar, mais justa e eficaz”, sinalizando a importância do grupo como alternativa à influência geopolítica tradicional das grandes potências ocidentais.

A China é atualmente o maior parceiro comercial do Brasil, e os novos acordos devem ampliar ainda mais essa relação em áreas-chave para o desenvolvimento econômico e tecnológico do país.

Compartilhar: