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Brasileira caída em vulcão na Indonésia foi abandonada por guia

Juliana Marins, que caiu em trilha na Indonésia, foi deixada sozinha por mais de uma hora antes do acidente, diz irmã.

Acidente no Monte Rinjani

Juliana Marins, de 26 anos, caiu cerca de 300 metros durante uma trilha no vulcão Rinjani, em Lombok, Indonésia, na madrugada de 21 de junho de 2025 (horário local). A publicitária de Niterói (RJ), que fazia um mochilão pela Ásia, estava com um grupo de cinco turistas e um guia. Segundo sua irmã, Mariana Marins, Juliana ficou exausta, pediu para descansar, mas o guia a deixou sozinha por mais de uma hora, seguindo com o grupo até o cume. Desesperada, ela caiu, conforme relatos do parque.

Falhas no resgate

A família contesta informações iniciais da Embaixada do Brasil em Jacarta, que sugeriam que Juliana recebeu água e comida após 16 horas. Mariana afirma que o resgate não chegou até ela, com cordas insuficientes e vídeos forjados. As buscas, interrompidas por neblina e chuva, entraram no terceiro dia sem sucesso. Drones térmicos foram usados, mas Juliana não foi mais localizada após escorregar mais fundo no desfiladeiro, a cerca de 600 metros.

Condições extremas

O Monte Rinjani, com 3.726 metros, é um dos vulcões mais desafiadores da Indonésia, com terreno escorregadio e visibilidade ruim antes do amanhecer. Turistas descrevem o local como “inóspito”, com cascalho e nuvens baixas. O guia, Ali Musthofa, nega abandono, alegando ter esperado Juliana a poucos minutos de distância, mas a família aponta negligência, criticando a agência de turismo e as autoridades indonésias.

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Esforços diplomáticos

O Itamaraty enviou dois funcionários para acompanhar o resgate e acionou autoridades indonésias de alto nível, mas a família reclama de falta de apoio. O ministro Mauro Vieira pediu reforços, enquanto a embaixada monitora o caso. A possibilidade de resgate por helicóptero foi descartada devido aos riscos. As buscas devem ser retomadas em 23 de junho, mas as condições climáticas seguem adversas.

Drama da família

Mariana mantém esperança, mas expressa angústia: “Juliana está sem água, comida ou agasalho, em um local remoto.” A família soube do acidente via redes sociais, após turistas usarem um drone para localizar Juliana, que gritava por socorro. A demora no resgate e a falta de informações confiáveis intensificam o desespero dos parentes, que pedem urgência às autoridades.

Com informações de: G1, Fantástico, O Globo.

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