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‘Doca’, líder do CV e alvo principal, foge de megaoperação no Rio protegido por 70 homens

Traficante escapou da ‘Operação Contenção’, a mais letal da história do RJ; recompensa por informações sobre ele chega a R$ 100 mil.

O principal alvo da “Operação Contenção”, Edgar Alves de Andrade, 55, conhecido como “Doca”, conseguiu escapar da ação policial no Rio de Janeiro. Segundo informações do analista Leandro Stoliar, da CNN, cerca de 70 homens faziam a proteção do líder do Comando Vermelho (CV) no momento da operação.

“Para se ter uma ideia da importância do Doca, uma fonte da polícia disse que pelo menos 70 criminosos faziam a segurança dele no momento da operação”, afirmou Stoliar. A ação, considerada a mais letal da história do Rio, resultou em mais de 130 mortos e tentou cumprir 100 mandados de prisão. Além de Doca, outros alvos principais eram Carlos da Costa Neves (Gardenal) e Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW).

O analista comparou a tática de defesa a táticas de guerrilha: “Para chegar ao principal alvo da operação, precisa passar por várias barreiras de criminosos que defendem o chefe da facção”. Com a fuga, o traficante conseguiu escapar do destino de muitos de seus subordinados.

Recompensa e histórico de crimes

Devido à fuga do principal nome do CV no Complexo da Penha, o Disque-Denúncia agora oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações sobre seu paradeiro. O valor é o mesmo que foi oferecido por Fernandinho Beira-Mar quando ele fugiu para a Colômbia.

Doca é investigado por mais de 100 assassinatos, incluindo execuções de crianças e o desaparecimento de moradores. Desde 2023, seu nome aparece em mais de 329 inquéritos policiais, sendo um deles relacionado à execução de três médicos.

Traduzido e adaptado de Diário do Nordeste.

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