Foguete explode em Alcântara e frustra planos de Brasil e Índia

Foguete sul-coreano HANBIT-Nano explode após lançamento em Alcântara
Um foguete sul-coreano, o HANBIT-Nano, explodiu logo após ser lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão. O incidente ocorreu durante o primeiro lançamento comercial de um foguete a partir do Brasil, a Operação Spaceward.
O foguete transportava oito cargas úteis, incluindo cinco satélites e três experimentos científicos, desenvolvidos por instituições do Brasil e da Índia. A missão não era tripulada e visava colocar em órbita equipamentos para coleta de dados ambientais, testes de comunicação, monitoramento solar e validação de tecnologias de navegação.
Anomalia e Colisão
Segundo a Força Aérea Brasileira (FAB), o foguete apresentou uma anomalia logo após a decolagem, colidindo com o solo. Técnicos da Innospace, empresa sul-coreana responsável pelo foguete, e de instituições brasileiras estão analisando os dados para determinar as causas do acidente e seus impactos nas cargas úteis.
Cargas Úteis Perdidas
Entre os dispositivos perdidos na explosão, estavam:
- Satélite Jussara-K: Desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para coleta de dados ambientais.
- Satélites FloripaSat-2A e FloripaSat-2B: Criados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para testes de comunicação em órbita.
- PION-BR2: Projeto da UFMA em parceria com a Agência Espacial Brasileira (AEB) e o PNUD, levando mensagens de alunos de Alcântara ao espaço.
- Satélite SNI-GNSS: Desenvolvido pela AEB para determinar velocidade, posição e altitude com precisão.
- Solaras-S2: Satélite da empresa indiana Grahaa Space para monitorar fenômenos solares.
- Sistema de Navegação Inercial (INS): Experimento da empresa brasileira Castro Leite Consultoria (CLC) para validar um algoritmo de navegação.
Investigação em Andamento
A Innospace informou que está analisando os dados do voo em conjunto com a Força Aérea Brasileira e outras instituições. Mais informações sobre o impacto do acidente nas cargas úteis serão divulgadas após a conclusão das análises técnicas.
A transmissão do lançamento revelou uma anomalia durante o voo, culminando na explosão. O foguete chegou a atingir Mach 1 e MAX Q antes da interrupção da transmissão.
Da redação do Movimento PB.
