Parceria do Rio com a China: uma ponte estratégica para o futuro
Parceria do Rio de Janeiro com a China é vital para infraestrutura e tecnologia. Cultura e educação fortalecem laços econômicos.
A deputada estadual Dani Monteiro (Psol-RJ) destaca, em artigo publicado pelo Brasil de Fato, a importância estratégica da parceria entre o Rio de Janeiro e a China para o futuro do estado. Escrevendo de Pequim, onde participa de um curso de imersão cultural, ela enfatiza que a aproximação vai além de acordos comerciais, sendo essencial para superar barreiras culturais e construir confiança mútua, especialmente em setores como infraestrutura, tecnologia verde e indústria 4.0.
Contexto da parceria
O Rio de Janeiro, com seu potencial econômico e cultural, enfrenta desafios institucionais que limitam seu desenvolvimento. A China, segunda maior economia global, oferece oportunidades por meio de investimentos e transferência de tecnologia. A relação bilateral, consolidada há 50 anos, ganhou força com a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível (Cosban) e acordos como os 37 assinados em 2024 no G20, incluindo áreas como energia limpa e cidades inteligentes.
A ponte cultural
Monteiro argumenta que negócios duradouros dependem de confiança, que nasce da compreensão cultural. Investir no ensino de mandarim nas escolas públicas, promover intercâmbios acadêmicos e eventos como festivais de cinema e gastronomia chinesa no Rio sinaliza respeito e abre portas para parcerias. Sem essa base, projetos econômicos enfrentam barreiras como desconfiança e falhas de comunicação.
Para entender de forma simples
Pense na parceria como uma ponte: de um lado, o Rio precisa de infraestrutura e tecnologia; do outro, a China tem recursos e expertise. Mas, para a ponte ser sólida, é preciso entender a cultura chinesa — sua história, valores e língua. É como fazer um amigo antes de fechar um negócio: a confiança vem primeiro.
Impacto econômico
A China é o maior parceiro comercial do Brasil desde 2009, com comércio bilateral de US$ 136,3 bilhões entre janeiro e outubro de 2024. No Rio, projetos como a Ferrovia Transoceânica, que conectaria o estado ao Pacífico, e investimentos em portos, como a aquisição de 70% do Porto de Açu pela estatal chinesa CMG, mostram o potencial de impacto. Essas iniciativas podem modernizar a logística e atrair indústrias de alta tecnologia.
Perspectivas futuras
A parceria alinha-se a programas brasileiros como o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e a Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI), que já movimenta trilhões em 140 países. Apesar de resistências, como temores de dependência econômica, a adesão do Brasil à BRI em 2024 sinaliza benefícios, como os US$ 20 bilhões do Fundo China-Brasil para infraestrutura. Para o Rio, fortalecer laços culturais e educacionais pode transformar o estado em um parceiro preferencial, acelerando seu desenvolvimento.