PF conclui que autor de atentado na Praça dos Três Poderes agiu sozinho e por motivação política

Relatório final foi encaminhado ao STF e reforça atuação extremista do “homem-bomba” que atacou o Supremo Tribunal Federal

A Polícia Federal concluiu que o atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes, em Brasília, no dia 13 de novembro de 2024, foi cometido por um único autor, sem apoio financeiro ou logístico de terceiros. O relatório final, divulgado nesta terça-feira (29/4), foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Segundo a PF, o ataque teve motivação política e foi resultado de extremismo ideológico. A investigação envolveu análise de dados bancários, fiscais e de comunicação do autor, além de perícias nos locais afetados, como a área externa do STF e a casa alugada pelo agressor em Ceilândia. Também foram realizadas reconstituições dos fatos e ouvidas mais de dez testemunhas.

O autor do crime, Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, morreu durante o atentado, que incluiu a explosão de uma bomba contra a Estátua da Justiça, na frente do STF. Ele usava uma fantasia inspirada no personagem Coringa, da franquia Batman, e havia anunciado suas intenções nas redes sociais, onde era conhecido como “Tiu França”. Em postagens anteriores, já manifestava apoio a pautas golpistas e exaltava atos antidemocráticos, como os ataques de 8 de janeiro de 2023.

Natural de Santa Catarina, Francisco morava no Distrito Federal desde junho de 2024. No imóvel alugado, a PF encontrou explosivos e mensagens com referências a outros investigados por ações extremistas, incluindo Débora Rodrigues, condenada por participação nos ataques às sedes dos Três Poderes em 2023.

“A Polícia Federal reafirma seu compromisso com a defesa da sociedade e com a preservação do Estado Democrático de Direito”, diz a nota oficial da corporação.

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