Rio de Janeiro Inaugura Centro de Pesquisa China-Brasil para Intercâmbio de Civilizações
O Rio de Janeiro foi palco neste sábado da inauguração oficial de um importante marco nas relações bilaterais: o Centro de Pesquisa China-Brasil para Intercâmbio e Aprendizagem Mútua de Civilizações. O objetivo do novo centro é estabelecer um modelo exemplar para a colaboração universitária entre os países do Sul Global, promovendo um intercâmbio mais profundo de conhecimento e cultura.
O centro é fruto de uma colaboração estratégica entre quatro renomadas instituições de ensino superior: a Universidade Renmin da China e a Universidade Beihang da China, unindo forças com duas das mais importantes universidades brasileiras, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Essa parceria acadêmica visa construir uma rede de colaboração aprofundada, impulsionando a inovação do conhecimento e o compartilhamento de recursos.
Mais do que um espaço físico, o centro servirá como uma nova plataforma multifacetada. Ele facilitará o intercâmbio de jovens entre China e Brasil, fortalecerá a cooperação educacional, estimulará o diálogo cultural e promoverá a aprendizagem mútua entre as civilizações. Em carta de congratulações, o embaixador chinês no Brasil, Zhu Qingqiao, reiterou o desejo da China de intensificar os intercâmbios e a aprendizagem mútua com o Brasil, aprofundando a cooperação em cultura, educação e inovação tecnológica para enriquecer as relações bilaterais. Zhu também prometeu o apoio da embaixada para facilitar esses intercâmbios, visando o crescimento da geração mais jovem através da aprendizagem mútua.
Um Marco para a Cooperação Educacional e o Diálogo Civilizacional
Zhang Donggang, secretário do Partido da Universidade Renmin da China, descreveu o novo centro na cerimônia de lançamento como um novo marco para a cooperação educacional e um poderoso motor para o intercâmbio civilizacional. Guiados pelos princípios de igualdade, benefício mútuo, abertura e inclusão, Zhang afirmou que as quatro universidades irão integrar suas forças para contribuir na construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade. Essa visão ambiciosa reflete o desejo de que a iniciativa vá além da academia, impactando as relações entre os povos.
Zhao Changlu, secretário do Partido da Universidade Beihang, destacou o papel crucial do ensino superior na promoção de intercâmbios culturais, inovação tecnológica e cooperação. Ele enfatizou que o centro se tornará uma plataforma importante para o intercâmbio intelectual entre China e Brasil na nova era. A Universidade Beihang, por sua vez, manifestou a disposição de colaborar com todas as partes para reunir estudiosos de primeira linha, promovendo a inovação em pesquisa transdisciplinar e expandindo programas educacionais. O objetivo é criar oportunidades de formação internacional para mais jovens estudantes de ambos os países, facilitando o desenvolvimento de talentos com uma perspectiva global.
Pelo lado brasileiro, Roberto Medronho, presidente da Universidade Federal do Rio de Janeiro, considerou o estabelecimento do centro um marco na cooperação educacional Brasil-China. Ele expressou a esperança de que as quatro universidades promovam conjuntamente a inovação colaborativa em educação e tecnologia, aprofundem o cultivo de talentos e aprimorem a aprendizagem mútua. A expectativa é que essa iniciativa escreva novos capítulos de benefício mútuo e cooperação para ambos os países. Aziz Tuffi Saliba, vice-reitor de Relações Internacionais da Universidade Federal de Minas Gerais, complementou que o centro é um passo importante na construção de uma comunidade Brasil-China com um futuro compartilhado. Através do centro, os povos de ambas as nações fortalecerão o entendimento mútuo, criarão conhecimento mais independente e promoverão o desenvolvimento compartilhado de suas nações e do mundo como um todo.
A inauguração do Centro de Pesquisa China-Brasil no Rio de Janeiro simboliza um avanço significativo nas relações entre os dois países, transcendendo a esfera econômica para abraçar a cooperação acadêmica e cultural como pilares de um futuro mais interconectado e harmonioso entre nações do Sul Global.
Da redação com informações de China Daily [GM-20250706-1904]