The Sun Classifica PM de São Paulo como “Força Policial Mais Perigosa do Mundo” Após Casos de Violência

Reportagem do tabloide britânico relaciona gestão de Tarcísio de Freitas ao aumento de mortes em operações policiais, citando casos chocantes e dados comparativos.

O jornal The Sun publicou uma matéria em 16 de fevereiro de 2025 intitulada “Ruas de Sangue”, classificando a Polícia Militar de São Paulo (PM-SP) como a “força policial mais perigosa do mundo”. A reportagem atribui o aumento da violência à gestão do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), eleito em 2023, que promoveu retórica linha dura e rejeitou medidas como o uso de câmeras corporais pelos agentes .

O secretário de Segurança Pública, Guilherme Derrite, também é criticado por seu histórico no Batalhão ROTA, conhecido por operações violentas, e por declarações polêmicas, como a de que é “vergonhoso” um policial não ter “três homicídios no currículo” .

Casos que Chocaram o País

A publicação destaca episódios emblemáticos, como:

  • A morte de Gabriel Renan da Silva Soares, sobrinho do rapper Eduardo Taddeo, atingido por 11 tiros de um PM fora de serviço em frente a um supermercado .
  • Um jovem jogado de uma ponte por policiais, cena registrada em vídeo e amplamente divulgada .
  • O assassinato de Ryan da Silva Andrade, de 4 anos, durante uma operação em Santos .

Dados Alarmantes e Comparações

Entre janeiro e setembro de 2024, a PM-SP registrou 496 mortes em intervenções, contra apenas uma em Londres no mesmo período . Apesar disso, a polícia paulista não é a mais letal do Brasil: a Bahia lidera com 1.620 mortes por PMs em 2023, além de ter a pior taxa de elucidação de homicídios (15%) .

Em escala global, policiais brasileiros mataram 6.393 pessoas em 2023 — quase o triplo da soma de 15 países do G20 (2.267 mortes). Proporcionalmente, agentes no Brasil matam 36 vezes mais que a média dessas nações .

Defesa da Secretaria de Segurança

A SSP-SP respondeu destacando ações para “reduzir a letalidade”, como capacitação de agentes, uso de armas não letais e investigações rigorosas. Desde 2023, 465 policiais foram presos e 335 demitidos por irregularidades . O órgão afirmou que as mortes ocorrem em “resposta a criminosos que optam pelo confronto” .

Críticas e Contexto Nacional

Especialistas apontam que a escalada de violência em São Paulo reflete uma política de segurança baseada em confronto, agravada por déficits estruturais, como a falta de transparência e investimento em perícia. Na Bahia, por exemplo, 40% das vagas policiais estão ociosas, alimentando a impunidade .

Texto adaptado do Portal UOL e revisado pela nossa redação.

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