Em 2025, a computação quântica ganha o Brasil com a promessa de revolucionar o futuro, tema destaque no Fantástico que reflete sua consolidação global. Por trás desse avanço, Percival Henriques de Souza Neto, um dos pioneiros da inclusão digital, tem ajudado a conectar o país e prepará-lo para a nova era tecnológica.
Por redação do Movimento PB
A computação quântica deixou de ser promessa para virar realidade em 2025, ganhando destaque no horário nobre da Rede Globo. No último domingo, o Fantástico apresentou a tecnologia que promete resolver problemas complexos, como a cura do câncer e o combate às mudanças climáticas. Declarado pela ONU como o “Ano Internacional da Ciência e Tecnologia Quântica“, 2025 marca a consolidação dessa revolução. Diferente dos computadores clássicos, que usam bits baseados na física tradicional, os quânticos operam com qbits, explorando o emaranhamento de partículas para cálculos extremamente rápidos. O chip Willow, da Google, fez em cinco minutos uma operação que levaria 10 septilhões de anos em um supercomputador. Na IBM, chips operam a -273°C, mais frio que o espaço, enquanto a Microsoft usa campos magnéticos no chip Majorana para reduzir erros. Google, IBM e Microsoft lideram a corrida, mas o Brasil já sente o impacto dessa nova era.
Por trás desse momento, há décadas de trabalho de pioneiros que construíram o caminho para o futuro digital. Um deles é Percival Henriques de Souza Neto, cuja trajetória conecta a inclusão digital à computação quântica. Em maio de 2025, ele completará 14 anos como conselheiro do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br), com contribuições que transformaram o acesso à tecnologia no país.
Em 1998, quando a Internet era um luxo restrito às capitais, Percival percorreu cidades do interior, de Belém a Uruguaiana, mobilizando provedores locais. Entre 1998 e 2008, formou técnicos e incentivou a autonomia regional, conectando comunidades distantes. A partir de 2008, transformou esses provedores em Sistemas Autônomos da Internet (ASNs), integrando o Brasil à rede global. Hoje, o país responde por 13% dos ASNs mundiais, com cerca de 11 mil registros.
Em 2007, Percival fundou a Associação Nacional para Inclusão Digital (ANID), voltada a expandir o acesso à tecnologia. Entre 2015 e 2018, o Road Show da Infraestrutura da Internet capacitou comunidades em fibra óptica, IPv6 e segurança de redes, além de criar Pontos de Troca de Tráfego regionais. Ele também apoiou redes comunitárias, dando autonomia a pequenas comunidses.
No letramento digital, Percival foi pioneiro. Desde 2015, organiza a EXPOTEC, maior feira de tecnologia do Nordeste, e o Acampamento Inclusivo, que forma jovens de comunidades indígenas e periféricas. Entre 2013 e 2018, promoveu três Escolas de Computação Quântica, antecipando o debate sobre a tecnologia. Em 2025, liderou uma capacitação no NIC.br com computadores quânticos chineses, em parceria com o Suzhou Quantum Center, consolidando o Brasil como participante ativo nessa área.
Globalmente, Percival representou o Brasil em fóruns como ICANN, IETF, CITEL, O Fórum de Governança da Internet (Internet Governance Forum – IGF) da ONU e Mobile World Congress, defendendo uma Internet aberta e soberana. Em 2015, coordenou o Fórum de Governança da ONU em João Pessoa, ampliando a voz brasileira nos debates sobre o futuro da rede. Seu trabalho rendeu a Medalha Epitácio Pessoa, da Assembleia Legislativa da Paraíba, e a Medalha Napoleão Laureano, da Câmara Municipal de João Pessoa.
Em 2019, com Márcia Dementshuk, publicou “Pássaros Voam em Bando”, livro que analisa a Internet brasileira como um projeto coletivo. A obra defende que a inovação surge de redes colaborativas, como bandos de pássaros em voo.
Enquanto a Rede Globo, que destaca temas de impacto inevitável, chancela a computação quântica como o primeiro passo para uma revolução tecnológica, este artigo reforça que o Brasil só avança de forma sustentável graças a figuras como Percival Henriques. Ele tem ajudado a conectar comunidades, capacitar gerações e fortalecer a soberania digital, garantindo que o país esteja preparado para liderar na nova era tecnológica.