Chatbots ‘chapados’? Criadores injetam ‘drogas’ em IAs por mais criatividade

IA psicodélica: a nova fronteira da criatividade artificial?
Um projeto inusitado está injetando uma dose de ousadia no mundo da inteligência artificial. O Pharmaicy, idealizado pelo diretor criativo sueco Petter Rudwall, modifica o comportamento de chatbots como o ChatGPT, simulando o efeito de substâncias como cocaína, maconha, ketamina e ayahuasca.
A ideia? Desbloquear a criatividade das IAs, livrando-as da “lógica sufocante”, segundo Rudwall em entrevista à revista Wired. Os módulos, vendidos para versões pagas dos chatbots, prometem respostas “diferentonas” e a exploração de caminhos inusitados.
“Comecei a testar se a inteligência artificial poderia emular experiências psicodélicas humanas, para reduzir a lógica [em respostas], reconfigurar a memória e aderir a desvios. E sim: a IA produziu um tipo diferente de resultado. Ideias inesperadas, conexões e novos caminhos estranhos”, explica Rudwall.
Afinal, funciona? Especialistas questionam a ‘onda’
Apesar do apelo, especialistas como Danny Forde, autor de um livro sobre experiências psicodélicas, duvidam da eficácia real das “drogas” em IAs. Para Forde, o chatbot pode apenas “alucinar por meio de sintaxes”, gerando padrões associados à psicodelia, mas sem a experiência consciente que define o fenômeno.
Resta saber se a busca por uma IA mais criativa justifica a aplicação de métodos tão controversos. O debate está aberto.
Da redação do Movimento PB.
