China acelera corrida para transformar computação quântica em soluções industriais
A China está intensificando seus investimentos para converter avanços em computação quântica em aplicações industriais práticas, consolidando sua ambição de liderar o cenário global em tecnologias estratégicas. Pesquisadores e empresas do país vêm explorando o potencial dessa tecnologia em setores como simulações químicas, inteligência artificial e finanças, com resultados que começam a se traduzir em soluções concretas para a economia real.
Em março de 2025, o país apresentou o protótipo do computador quântico supercondutor Zuchongzhi 3.0, equipado com 105 qubits, um marco que reafirma o protagonismo chinês na corrida quântica. O sistema demonstrou desempenho impressionante ao processar tarefas de amostragem de circuitos aleatórios a uma velocidade quadrilhões de vezes superior ao supercomputador clássico mais poderoso do mundo, e cerca de um milhão de vezes mais rápida que os resultados mais recentes do Google, divulgados em outubro de 2024. Paralelamente, a startup Origin Quantum, de Hefei, lançou o Origin Wukong, computador quântico supercondutor de 72 qubits que já oferece serviços em nuvem para mais de 23 milhões de usuários em 139 países, contabilizando 350 mil tarefas executadas com sucesso.
Essas conquistas são impulsionadas por uma estratégia nacional voltada à autossuficiência tecnológica, com o governo chinês priorizando investimentos em ciência e inovação para fortalecer a indústria e reduzir a dependência de tecnologias estrangeiras. À medida que transforma esses avanços em soluções aplicáveis, a China reforça seu projeto de se tornar referência global não apenas na pesquisa, mas na integração da computação quântica ao cotidiano produtivo, com impactos que prometem redesenhar o futuro das cadeias industriais e do desenvolvimento econômico.
Com informações de Xinhua.