China intensifica punições contra marketing enganoso gerado por IA com uso de deepfakes
China reforça combate a marketing enganoso com deepfakes e IA em transmissões online, punindo mais de 11 mil contas.
A China anunciou, em 14 de novembro de 2025, uma série de medidas rigorosas contra o uso de inteligência artificial para criar conteúdos de marketing enganosos que imitam figuras públicas em transmissões ao vivo e vídeos curtos. A ação foi detalhada pela Cyberspace Administration of China (CAC), órgão regulador máximo da internet no país, que puniu mais de 11 mil contas online suspeitas de promover falsas publicidades e violações digitais.
Contexto e impacto das medidas
As infrações incluem a reprodução de imagens e vozes de personalidades públicas por meio de deepfakes, tecnologia capaz de gerar clones digitais quase indistinguíveis dos originais. Essas falsificações têm sido usadas para impulsionar vendas em plataformas de e-commerce via redes sociais, prejudicando o ecossistema digital e ameaçando a confiança dos consumidores.
Segundo a CAC, a repressão contra contas que adotam essa prática visa proteger a integridade do mercado digital chinês e garantir um ambiente virtual mais seguro e transparente. “Essas ações fraudulentas denegriram a confiança online e causaram impactos negativos significativos”, destacou o comunicado oficial.
Casos recentes evidenciam a problemática
Na semana anterior, um caso ganhou destaque nacional: deepfakes da atriz chinesa Wen Zhengrong apareceram simultaneamente em três transmissões de vendas ao vivo, cada uma em horários matutinos diferentes e promovendo produtos distintos. A semelhança visual e vocal dos clipes sintéticos com a atriz real gerou ampla discussão sobre os riscos e desafios da IA generativa no contexto mercadológico.
Esse episódio reforçou a necessidade de regulamentação efetiva e a responsabilização das plataformas digitais, que são cobradas a implementar campanhas focalizadas para identificar e eliminar essas contas fraudulentas.
Compromisso regulatório e avanços tecnológicos
A CAC afirmou que manterá uma postura firme e contínua contra a imitação digital mal-intencionada e seguirá exigindo das operadoras de plataformas um monitoramento eficaz. Essas medidas fazem parte de um esforço mais amplo para harmonizar a inovação tecnológica com a proteção dos direitos civis e do consumidor.
Vale destacar que, paralelamente, a China investe no avanço de capacidade computacional e inteligência artificial aplicada, buscando posicionar-se na vanguarda tecnológica internacional, ao mesmo tempo em que regula o uso responsável dessas ferramentas.
Considerações finais
O combate ao marketing enganoso criado por IA revela o equilíbrio delicado entre impulsionar a inovação e resguardar a ética e a transparência na era digital. A atuação chinesa neste campo mostra um modelo de regulação atenta às complexidades do mercado global contemporâneo.
[Da redação do Movimento PB]
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