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A Guerra do Futuro: Pentágono testa “muralha de micro-ondas” capaz de aniquilar enxames de drones instantaneamente

A Guerra do Futuro: Pentágono testa “muralha de micro-ondas” capaz de aniquilar enxames de drones instantaneamente

Em resposta a avanços da China, EUA aceleram o desenvolvimento do sistema Leonidas, uma arma de energia dirigida que promete revolucionar a defesa de cidades, aeroportos e campos de batalha.

A era dos combates aéreos travados por caças pilotados pode estar com os dias contados. A nova fronteira da guerra está nos céus, mas é dominada por exércitos de pequenos, ágeis e letais veículos aéreos não tripulados. Diante dessa realidade, o Pentágono está testando uma tecnologia que parece saída da ficção científica: um sistema de micro-ondas de alta potência capaz de neutralizar um enxame inteiro de drones de uma só vez, como se erguesse uma muralha invisível de energia.

A iniciativa é uma resposta direta aos avanços da China, que já possui um sistema similar apelidado de “Hurricane”. A corrida tecnológica pela supremacia anti-drone levou os Estados Unidos a investirem pesadamente no sistema Leonidas, desenvolvido pela empresa Epirus. Em testes recentes realizados em um campo de treinamento militar, a arma demonstrou uma capacidade notável de “fritar” os componentes eletrônicos de múltiplos drones simultaneamente, representando um salto quântico na capacidade de defesa contra ataques massivos e coordenados.


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O que torna o Leonidas tão revolucionário não é apenas sua eficácia, mas sua versatilidade. Seu design foi pensado para operar não apenas em campos de batalha, mas também em ambientes urbanos complexos e na proteção de infraestruturas críticas como portos e aeroportos. É uma arma defensiva que pode se tornar parte da paisagem das cidades do futuro, protegendo a população civil de ameaças que hoje parecem distantes, mas que se tornam mais reais a cada conflito, como os vistos na Ucrânia e no Oriente Médio.

Para quem não é da área, podemos simplificar alguns termos…

A tecnologia por trás do Leonidas é avançada. A arma utiliza amplificadores feitos de nitreto de gálio, um material semicondutor especial que é extremamente eficiente em gerar pulsos de energia muito potentes e suportar altas temperaturas, garantindo que o sistema possa operar continuamente sem superaquecer. Já os sistemas cinéticos, mencionados como parte da defesa integrada, são as armas “físicas” tradicionais, como mísseis ou projéteis, que destroem o alvo através do impacto. A estratégia é combinar a “muralha” de micro-ondas (Leonidas) para abater o enxame, com os mísseis (cinéticos) para eliminar as ameaças maiores que sobrarem.

Uma arma sustentável para uma ameaça infinita

A grande vantagem estratégica do Leonidas sobre as defesas convencionais é sua sustentabilidade. Enquanto mísseis e munições de laser se esgotam rapidamente em um ataque de saturação com dezenas ou centenas de drones, o sistema de micro-ondas pode operar de forma contínua, bastando estar conectado a uma fonte de energia. Este conceito de “um contra muitos” é o que posiciona a tecnologia como um divisor de águas na estratégia de defesa norte-americana, oferecendo uma solução duradoura e de reação instantânea.

O desafio agora é integrar plenamente o Leonidas em uma rede de defesa mais ampla, que inclua sensores avançados e os sistemas cinéticos. O objetivo é criar uma “bolha” de proteção inteligente, onde a arma de micro-ondas não apenas neutralize as ameaças, mas também comunique dados em tempo real para uma resposta coordenada e letal. À medida que o desenvolvimento avança, a tendência é a miniaturização do sistema, permitindo sua instalação em veículos blindados e até em drones maiores, que atuariam como “pastores” protetores de comboios e tropas.

A proliferação de drones baratos e eficazes democratizou a guerra aérea, mas também inaugurou uma nova era de vulnerabilidade. A resposta dos EUA com o sistema Leonidas não é apenas sobre manter a supremacia militar; é sobre reescrever as regras de engajamento para um futuro onde a ameaça pode vir de qualquer lugar, a qualquer momento, e em números esmagadores. A muralha de micro-ondas está sendo erguida, e ela mudará a forma como as nações se defendem para sempre.

Redação do Movimento PB [NMG-OOG-20092025-A5B9C3-13P]


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