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A Ilusão Digital: Como a Falsa Segurança Cibernética se Tornou um Custo Invisível para o Brasil

O Risco Normalizado do Ciberataque

Por muito tempo, os ataques cibernéticos foram vistos como incidentes isolados, uma espécie de fatalidade tecnológica que atingia os mais desavisados. Essa percepção, no entanto, tornou-se uma perigosa miragem. Em 2025, a realidade é que os ciberataques, especialmente as ofensivas de ransomware, não são mais a exceção, mas uma constante no cotidiano das organizações brasileiras, sejam elas públicas ou privadas.

Vivemos sob uma falsa sensação de segurança que custa caro. A ideia de que uma simples barreira de antivírus é suficiente cria uma vulnerabilidade sistêmica, alimentada pela crença de que “isso não vai acontecer comigo”. O problema é que acontece, e com uma frequência alarmante. A normalização do risco é tão grave que o pagamento de resgates a criminosos digitais está se tornando uma prática aceita, quase um custo operacional previsto no balanço das empresas.

O Preço da Negligência: Mais que um Custo Financeiro

Quando um ataque se concretiza, os danos vão muito além do resgate pago. O Brasil apresenta uma taxa de pagamento de ransomware superior à média global, o que sinaliza uma aceitação velada de que o cibercrime se tornou parte do custo de fazer negócios no país. Esta é uma lógica perversa, pois financia e incentiva novas ondas de ataques, criando um ciclo vicioso de extorsão digital.

Quase metade dos ataques registrados no Brasil resulta na criptografia de dados, um número também acima da média mundial. Isso significa que empresas perdem acesso a informações vitais, operações são paralisadas e a confiança de clientes e parceiros é profundamente abalada. Ignorar este cenário, como bem aponta a análise, é o mesmo que operar um negócio sem seguro contra incêndio durante uma temporada de queimadas – uma aposta fadada ao fracasso.

Para Além da Reação: A Urgência de uma Cultura de Prevenção

A fragilidade não é apenas técnica, mas cultural e estratégica. Incidentes recentes expuseram a interdependência crítica entre os setores público e privado, revelando como a falha em um único elo pode comprometer toda a cadeia digital brasileira. A resposta, portanto, não pode ser meramente reativa. É preciso construir uma cultura de cibersegurança que permeie todos os níveis de uma organização.

Isso exige o envolvimento direto das lideranças, o redesenho de processos, o treinamento contínuo das equipes e, acima de tudo, uma mudança de mentalidade. Em 2025, a questão fundamental deixou de ser “se” uma empresa será atacada, mas “quando” e “como” ela estará preparada para responder. Investir em segurança digital não é mais uma despesa, mas a garantia de sobrevivência e competitividade na nova economia.

Da redação com informações de TecMundo

Redação do Movimento PB [GME-GOO-01082025-1134-15P]

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