O Brasil registrou 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos em 2024, o que representa 38,73% de todas as atividades maliciosas na América Latina, segundo dados do FortiGuard Labs, laboratório de inteligência de ameaças da Fortinet. A região, como um todo, contabilizou 921 trilhões de atividades maliciosas no período, com o México (35,22%), Colômbia (8,72%) e Peru (4,94%) aparecendo logo atrás do Brasil no ranking.
O avanço das ameaças cibernéticas no país está ligado à rápida digitalização de setores estratégicos, como agronegócio e saúde, sem a devida implementação de medidas de segurança. “O Brasil se destacou negativamente no cenário global do cibercrime, tornando a inteligência de ameaças ainda mais necessária”, afirmou Alexandre Bonatti, vice-presidente de engenharia da Fortinet.
O relatório também destaca a crescente importância dos Chief Information Security Officers (CISOs) nas empresas. Com a cibersegurança se tornando uma prioridade dos conselhos administrativos, os profissionais da área precisam desenvolver habilidades estratégicas e de comunicação para demonstrar os riscos digitais ao negócio. Frederico Tostes, country manager da Fortinet no Brasil, reforça que a segurança da informação deve ser vista como um pilar essencial dentro das organizações, assim como as diretrizes ESG.
A crescente sofisticação dos ataques e a globalização do cibercrime tornam essencial o investimento contínuo em segurança digital e inteligência contra ameaças, especialmente diante do cenário de digitalização acelerada no Brasil e na América Latina.