Como Ingressar na Carreira de Segurança da Informação em 2025 e Alcançar Salários de Até R$ 23 Mil

A segurança da informação, ou cibersegurança, consolidou-se como a área de tecnologia da informação (TI) mais demandada no primeiro semestre de 2025, superando até mesmo a inteligência artificial (IA) em contratações, segundo um levantamento exclusivo da consultoria Robert Half obtido pelo g1. Com salários que variam de R$ 6 mil a R$ 23 mil, dependendo do cargo e da experiência, o setor é impulsionado pela necessidade crescente de proteger dados sensíveis, especialmente após a implementação da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Para quem busca dar os primeiros passos nessa carreira promissora, especialistas apontam caminhos práticos e acessíveis.

O cargo de analista de segurança da informação é a principal porta de entrada, conforme destaca o Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar). A remuneração inicial para um analista júnior fica entre R$ 6.100 e R$ 10.250, podendo evoluir para até R$ 19.300 na senioridade ou alcançar R$ 23.750 como coordenador, segundo o Guia Salarial 2025 da Robert Half. “A área é gigante e oferece um plano de carreira amplo, com chances de progressão rápida”, afirma Marina Ciavatta, profissional com mais de uma década de experiência, em entrevista ao g1. Ela reforça que a alta demanda e a escassez de profissionais qualificados mantêm os salários atrativos.

Para ingressar, não é necessário começar do zero em TI. Uma opção é cursar graduações tradicionais como Ciência da Computação, Sistemas de Informação ou Redes de Computadores, que fornecem uma base sólida. Depois, a especialização pode vir com cursos técnicos ou pós-graduações focadas em cibersegurança ou defesa cibernética, áreas que já despontam em universidades brasileiras. Divina Naiara Vitorino, coordenadora de infraestrutura e segurança, explica que esses cursos, embora relativamente novos, estão se expandindo para atender à demanda do mercado.

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Outra rota é mais prática e acessível: aprender de forma autodidata ou por meio de comunidades e eventos de tecnologia. Frequentar encontros como os promovidos pelo Garoa Hacker Clube (SP), Mate Hackers (RS) ou Devs Norte (Norte do Brasil) permite networking, mentorias e até oportunidades de emprego. “Consegui minha primeira vaga em um evento assim”, relata Vagner Martins, analista júnior, ao g1. Além disso, estudar ameaças cibernéticas como malware, ransomware e phishing em plataformas gratuitas, como Mente Binária ou Hackers do Bem, pode ser um diferencial inicial.

Elisa Jardim, gerente da Robert Half, destaca que o mercado valoriza tanto habilidades técnicas quanto especializações. Pilares como segurança ofensiva (Red Team), defensiva (Blue Team) e governança (GRC) oferecem nichos distintos: o Red Team simula ataques, o Blue Team protege sistemas e o GRC foca em conformidade legal, como a LGPD. “Há mais profissionais no Blue Team, mas especialistas em Red Team e Purple Team, que une ataque e defesa, são raros e muito procurados”, diz Jardim.

A pressão da área, com alta responsabilidade e riscos de burnout, é um desafio a considerar. Apesar disso, a flexibilidade — com opções de trabalho híbrido ou remoto — e a ampla aplicabilidade em setores como saúde, varejo e finanças tornam a cibersegurança uma escolha estratégica para 2025. Começar com um curso básico, construir contatos em comunidades e dominar ferramentas práticas pode levar a salários de até R$ 23 mil em poucos anos.

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Texto adaptado de g1 e revisado pela nossa redação.

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