Falta de energia ameaça planos ambiciosos das big techs nos EUA


Gigantes da tecnologia como Microsoft e OpenAI planejam investir bilhões em data centers nos Estados Unidos para impulsionar a inteligência artificial e serviços em nuvem. No entanto, uma investigação da Reuters revelou que quase metade das maiores concessionárias de energia do país já recebeu solicitações que excedem sua capacidade de fornecimento. A demanda inflada e o sigilo dos projetos geram incertezas, podendo afetar não só o setor tecnológico, mas também consumidores comuns.


Big techs enfrentam obstáculos energéticos para expandir data centers nos EUA

Grandes empresas de tecnologia estão em uma corrida para ampliar sua infraestrutura de data centers — essenciais para o funcionamento de sistemas em nuvem e inteligência artificial. No entanto, o crescimento acelerado esbarra em um problema crítico: a falta de energia elétrica disponível.

Uma análise da Reuters com 13 concessionárias dos EUA revelou que quase metade delas recebeu solicitações de fornecimento de energia por parte de empresas de tecnologia que superam não apenas a capacidade atual, mas até os limites máximos possíveis. A Oncor Electric, por exemplo, recebeu pedidos que representam quatro vezes sua capacidade total.

O desafio é agravado pelo fato de que as big techs, em busca de opções viáveis, estão consultando múltiplas concessionárias simultaneamente, muitas vezes para o mesmo projeto. Isso distorce as projeções de demanda e dificulta o planejamento do setor energético.

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Empresas como a PPL já adotaram medidas para evitar prejuízos, exigindo garantias antes de analisar novos projetos. Especialistas alertam que a insegurança gerada pode afetar o fornecimento de energia para residências e aumentar tarifas.

Além disso, há o risco de que os próprios projetos não saiam do papel, seja por mudanças estratégicas das empresas ou por barreiras regulatórias, o que pode provocar instabilidade no setor energético e financeiro.

Com o aumento das tarifas promovidas pelo governo Trump e a pressão por alternativas energéticas mais sustentáveis, os planos de expansão das big techs podem estar em xeque.

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