Pesquisa revela que usuários intensivos do ChatGPT podem desenvolver dependência emocional

Estudos conduzidos pela OpenAI e pelo MIT Media Lab indicam que usuários que interagem intensivamente com o ChatGPT podem desenvolver dependência emocional da tecnologia, tratando-a como um “amigo”. Embora esse fenômeno afete apenas uma parcela pequena dos usuários, ele está mais presente entre aqueles que já enfrentam solidão ou dificuldades sociais.


Uso prolongado e impactos emocionais

A pesquisa revelou que a maioria dos usuários mantém um uso funcional da IA, mas um grupo de “usuários avançados” tende a se apegar emocionalmente ao chatbot. Esse comportamento está ligado a fatores como solidão e estresse, tornando-os mais sensíveis a mudanças sutis no comportamento do modelo de IA.

Entre os achados mais relevantes, os pesquisadores identificaram que:

  • Conversas por texto são as que mais geram apego emocional.
  • Interação por voz melhora o bem-estar emocional quando usada moderadamente, mas pode aumentar a dependência com o uso prolongado.
  • Conversas pessoais com a IA estão ligadas a maior solidão, mas menor dependência, desde que o uso seja equilibrado.
  • Solicitações para tarefas aumentam a dependência, principalmente quando feitas com frequência.

Diferenças entre gêneros e padrões de uso

O estudo também identificou diferenças entre homens e mulheres no impacto da IA no comportamento social:

  • Após quatro semanas de interação com o ChatGPT, mulheres eram menos propensas a socializar com pessoas ao seu redor.
  • Usuários que ativaram a voz do chatbot em um gênero diferente do seu apresentaram maior nível de solidão e dependência emocional.
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Uso excessivo pode ser problemático

A pesquisa conclui que, independentemente da forma de interação, o uso prolongado do ChatGPT pode aumentar a dependência emocional e dificultar a socialização. Assim, os especialistas recomendam que a IA seja utilizada como uma ferramenta de produtividade e apoio, mas sem substituir interações humanas.

Os dados completos dos estudos estão disponíveis no site do MIT Media Lab:

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