Primeira mulher a se formar em Inteligência Artificial em universidade federal recebe propostas de R$ 25 mil

Aos 24 anos, Heloisy Pereira Rodrigues se tornou a primeira mulher do Brasil a concluir a graduação em Inteligência Artificial por uma universidade federal. Formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG), ela já trabalha como empreendedora desenvolvendo soluções de IA para o mercado de teleatendimento e call centers.

Segundo Heloisy, o mercado está aquecido e profissionais qualificados recebem propostas atrativas, principalmente de empresas estrangeiras.

“Se você tiver um inglês bom, pode trabalhar para fora e receber 5 mil dólares. O pessoal acha tranquilo pagar isso para estrangeiros, e convertendo para home office no Brasil, chega a cerca de R$ 25 mil”, relatou.

Seu colega de turma Heinz Felipe, pesquisador na área, confirma a alta demanda:

“Praticamente todos os dias eu recebo alguma oferta. Hoje eu já posso escolher os projetos em que quero atuar.”

Curso supera medicina e se torna o mais concorrido

A UFG foi pioneira no Brasil ao oferecer um curso de graduação em Inteligência Artificial, que em quatro anos combina disciplinas de empreendedorismo, matemática e programação. De acordo com o coordenador Anderson Soares, os alunos saem da universidade com experiência prática e projetos financiados pela indústria.

O curso se tornou tão disputado que, pela primeira vez, superou Medicina na nota de corte do SISU 2025, tornando-se o mais concorrido da universidade.

“A sociedade está cada vez mais digital e, quanto mais isso acontece, maior a demanda por inteligência artificial”, explica Anderson.

O estudante Gustavo Pires Fontana, aprovado em primeiro lugar, está animado com as possibilidades da área.

“Tem aplicações na saúde, educação, telemarketing, processamento de mapas… Dá para atuar em várias áreas.”

Com o crescimento da tecnologia, a Inteligência Artificial promete continuar moldando o mercado e se consolidando como uma das carreiras mais promissoras do futuro.

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