
PsiQuantum inicia produção em massa de chips quânticos capazes de desafiar até a inteligência artificial
A empresa norte-americana PsiQuantum anunciou um avanço significativo na computação quântica: a fabricação em larga escala de chips quânticos baseados em fotônica. Essa tecnologia pode superar a capacidade dos computadores convencionais na resolução de problemas altamente complexos — e até mesmo confundir modelos avançados de inteligência artificial.
O novo chipset, denominado Omega, foi desenvolvido após anos de pesquisas sobre a aplicação de conceitos fotônicos na criação de materiais quânticos. Testado em parceria com a GlobalFoundries, em Nova York, o Omega é considerado um passo crucial para a construção de computadores quânticos em escala de milhões de qubits, o que pode transformar radicalmente setores como segurança cibernética, desenvolvimento de novos materiais e otimização logística.
A inovação por trás dos chips quânticos
Diferentemente das abordagens tradicionais da computação quântica, que utilizam átomos, íons ou circuitos supercondutores, o método da PsiQuantum emprega fótons únicos — partículas de luz — manipulados por chips fotônicos de silício. Essa tecnologia foi originalmente desenvolvida para redes de telecomunicações e data centers, mas foi adaptada para aplicações quânticas com o uso de novos materiais, como:
- Titanato de Bário (BTO): um material avançado que permite computação óptica de alta velocidade com menor perda de informação.
- Detectores supercondutores de fóton único: responsáveis por garantir alta eficiência no processamento quântico de dados.
Outra inovação importante é o sistema de resfriamento criado pela empresa, que elimina a necessidade de refrigeradores de diluição. Essa mudança torna o design dos computadores quânticos mais simples e viável para a produção em larga escala.
Expansão da produção e impacto global
A fabricação dos chips Omega começará ainda este ano nos Quantum Compute Centers da PsiQuantum, localizados em Brisbane (Austrália) e Chicago (EUA). As instalações, que têm proporções semelhantes às de grandes data centers, serão responsáveis por integrar os chips quânticos em sistemas modulares, conhecidos como racks quânticos.
A empresa também firmou uma parceria com o Departamento de Energia do Acelerador Linear de Stanford, na Califórnia, para viabilizar a conexão desses chips em sistemas cada vez mais sofisticados.
Com essa nova tecnologia, a PsiQuantum não apenas avança na viabilidade da computação quântica comercial, mas também abre caminho para um futuro onde cálculos impossíveis para os computadores atuais poderão ser resolvidos em questão de segundos.